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Líder birmanesa quer avançar para um Estado federal

A dirigente birmanesa Aung San Suu Kyi considerou hoje que o país está pronto para discutir a construção de um Estado federal, na abertura de uma série de negociações de paz de vários conflitos civis.

Líder birmanesa quer avançar para um Estado federal
Notícias ao Minuto

11:56 - 24/05/17 por Lusa

Mundo Aung San Suu Kyi

"Os nossos esforços coletivos começam a dar frutos", sublinhou.

"Chegámos agora à fase em que podemos debater princípios federais que são muito importantes para o nosso país", acrescentou, perante centenas de representantes de diferentes grupos étnicos, reunidos durante cinco dias em Naypyidaw, capital birmanesa.

Desde a independência em 1948, a Birmânia, onde vivem mais de 130 etnias diferentes, é confrontada com revoltas de grupos que exigem mais autonomia.

Após décadas de combates e debates, nenhum modelo de Estado federal foi claramente definido, mas a chegada histórica ao poder do partido de Aung San Suu Kyi, há pouco mais de um ano, aumentou as expetativas.

Esta semana, os diferentes grupos vão analisar, pela primeira vez, a possibilidade de os estados redigirem uma Constituição própria.

"É uma etapa histórica na história pós-colonial da Birmânia", considerou Angshuman Choudhury, especialista em assuntos birmaneses do Instituto da Paz e dos Estudos sobre Conflitos, com sede em Nova Deli.

Esta segunda série de conversações, depois de uma ronda inicial em setembro do ano passado, decorre ao mesmo tempo que combates em alguns pontos do país.

No norte, dezenas de milhares de pessoas foram obrigadas a fugir, nomeadamente para a China, após meses de combates intensos entre o exército birmanês e grupos rebeldes.

"Esperamos estar em condições para falar diretamente do fim dos combates e do fim das ofensivas do exército birmanês", declarou Tar Pan La do exército de libertação nacional de Ta'ang (TNLA).

Chegada ao poder no final de março do ano passado, após eleições históricas, a antiga dissidente Aung San Suu Kyi prometeu dar prioridade ao processo de paz.

A situação explosiva nas regiões fronteiriças do país é agravada pelos interesses no controlo das riquezas naturais, como a madeira e o jade, entre outras, traficadas por rebeldes, exército e empresários próximos da antiga junta militar.

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