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Iraque quer compensações após morte de civis em ataque aéreo dos EUA

O Iraque está a pedir compensações da coligação internacional anti-jihadista, liderada pelos Estados Unidos, depois de uma investigação que reconheceu a morte de mais de 100 civis num ataque aéreo na cidade iraquiana de Mossul (norte).

Iraque quer compensações após morte de civis em ataque aéreo dos EUA
Notícias ao Minuto

13:57 - 26/05/17 por Lusa

Mundo Mossul

"Pedimos à comunidade internacional, e especialmente aos Estados Unidos, que compense as vítimas", afirmou Nuraddin Qablan, vice-presidente do conselho da província de Nineveh (norte do Iraque).

Na quinta-feira, o Departamento de Defesa norte-americano (Pentágono) reconheceu que pelo menos 105 civis foram mortos em março último durante um bombardeamento norte-americano em Mossul, a segunda cidade do Iraque e o último bastião do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) no país.

Segundo o representante iraquiano, citado pela agência norte-americana Associated Press (AP), os Estados Unidos deveriam reconstruir casas para todas as vítimas afetadas pelo ataque.

"Para que os danos psicológicos sejam atenuados", acrescentou Nuraddin Qablan.

O relatório do inquérito do exército norte-americano sobre o bombardeamento que ocorreu em 17 de março atribuiu a principal responsabilidade das mortes dos civis ao EI.

O mesmo documento referiu que o grupo extremista teria colocado uma grande quantidade de explosivos num edifício visado pelo ataque aéreo.

No total, 101 civis estavam no interior desse edifício, e quatro nas imediações.

Vários residentes da zona de Mossul que foi visada pelo ataque aéreo afirmaram hoje em declarações à AP que não existiam combatentes extremistas nem explosivos dentro do edifício atingido pelo bombardeamento norte-americano.

Na terça-feira, e sobre outra área de atuação da coligação internacional, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) divulgou que os ataques aéreos realizados pela coligação internacional dirigida por Washington na Síria entre 23 de abril e 23 de maio foram os mais mortíferos para os civis num período de um mês.

"Entre 23 de abril e 23 de maio, os ataques aéreos da coligação causaram a morte de 225 civis, entre os quais 44 crianças e 36 mulheres, o balanço mais pesado de vítimas civis desde o início da sua intervenção na Síria a 23 de setembro de 2014", indicou nessa altura a organização, com sede em Londres.

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