Alemanha está preparada para as negociações sobre Brexit
A chanceler alemã, Angela Merkel, reiterou, na sexta-feira, após as legislativas britânicas, que o seu país, como Governo e como membro da União Europeia, está preparado para as negociações sobre o 'Brexit'.
© Getty Images
Mundo Merkel
"Tanto do ponto de vista de Governo federal como de membro da União Europeia, estamos preparados para o 'Brexit'", afirmou a chanceler alemã durante a visita oficial que realiza ao México.
Angela Merkel afirmou que a União Europeia quer continuar a ser "um bom parceiro" de Londres, destacando que o "espírito da negociação" sobre a saída do Reino Unido do bloco europeu deve ser o de encontrar pontos em comum.
"Estamos prontos para as negociações e foi-me dito que irão respeitar o calendário", disse Merkel, afirmando não ver qualquer obstáculo.
A chanceler alemã não quis, porém, comentar os resultados das eleições antecipadas no Reino Unido, realizadas na quinta-feira, nas quais o partido Conservador, liderado pela primeira-ministra Theresa May, perdeu a maioria absoluta no parlamento.
O Partido Conservador obteve 318 assentos, menos oito que os 326 necessários para governar a solo, o que o obrigou a um acordo com os unionistas da Irlanda do Norte.
May antecipou em três anos as legislativas para reforçar a sua maioria parlamentar na perspetiva das conversações de saída do Reino Unido da União Europeia ('Brexit'), mas o resultado das eleições pode acabar por complicar as negociações.
A primeira-ministra britânica garantiu, contudo, na sexta-feira, após conhecidos os resultados das eleições, que o Governo "vai conduzir o país através das negociações cruciais para o 'Brexit', que começam daqui a apenas dez dias, e concretizar a vontade do povo britânico ao tirar o Reino Unido da União Europeia".
No México, a chanceler alemã falou também da "alarmante" situação no Golfo Pérsico, afirmando esperar que haja uma maior cooperação a fim de se alcançar "um equilíbrio".
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito anunciaram sucessivamente na segunda-feira o corte de relações diplomáticas com o Qatar - num gesto seguido por outros países como Iémen e Líbia -, acusando-o de "apoiar o terrorismo" e de manter relações próximas com o Irão, num gesto que desencadeou a mais grave crise regional desde a guerra do Golfo, em 1991.
Procedente da Argentina, a chanceler alemã iniciou na sexta-feira uma visita oficial, de menos de 24 horas, ao México, acompanhada por uma delegação oficial e de empresários, com uma agenda voltada para o comércio e investimento bilaterais.
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