Presidente de Taiwan afirma que "não cederá perante pressão" da China
A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, atribuiu hoje a rutura dos laços diplomáticos com o Panamá à "pressão da China" e advertiu Pequim de que "não cederá perante pressões e intimidações".
© Reuters,
Mundo Rutura
"Em nome dos 23 milhões de taiwaneses, digo a Pequim que não cederei perante pressões e intimidações", afirmou Tsai em conferência de imprensa.
A líder taiwanesa garantiu que se manterá mais firme ainda na defesa da democracia e da soberania da ilha.
"Pequim nunca poderá negar a existência da República da China (nome oficial de Taiwan), nem o seu valor para a sociedade internacional ou a sua soberania", disse.
A China não só "danifica o direito à subsistência dos taiwaneses, assim como aumenta as distâncias" entre Taipé e Pequim, acrescentou.
Analistas consideram que o estabelecimento de relações diplomáticas com o Panamá visa pressionar Tsai a reconhecer o "consenso de 1992".
Trata-se de um entendimento tácito alcançado em 1992 entre a China e Taiwan, na altura com um Governo liderado pelo Kuomintang (partido nacionalista), de que só existe uma China, deixando aos dois lados uma interpretação livre sobre o que isso significa.
Após esta decisão, Taipé fica com vinte aliados diplomáticos, entre os quais 11 estão na América Latina e Caribe.
O número de países que reconhecem Taiwan caiu consideravelmente nas últimas décadas, tendo permanecido estável apenas durante a governação de Ma Ying-jeou, nos últimos oito anos, quando as relações entre Pequim e Taipé entraram num período de desanuviamento sem precedentes.
Em janeiro passado, Tsai Ing-wen venceu as eleições pelo Partido Democrático Progressista (PDP), que tradicionalmente defende a independência da ilha e o afastamento da China comunista.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça usar a força caso a ilha declare independência.
Já Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China.
Em dezembro passado, São Tomé e Príncipe cortou também relações com a ilha e passou a reconhecer Pequim como o único governo legítimo de toda a China.
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