Erdogan e Trump discutem armas para curdos e crise no Golfo
Os Presidentes da Turquia e dos Estados Unidos mantiveram hoje uma conversa telefónica tendo abordado a decisão de Washington de armar as milícias curdas da Síria e a crise entre o Qatar e os seus vizinhos do Golfo.
© Reuters
Mundo Conversa
Mahir Unal, porta-voz do Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, no poder), disse que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e Donald Trump contactaram por telefone mas não revelou o conteúdo das discussões. No entanto, revelou aos jornalistas que o líder turco também falou com o Presidente russo, Vladimir Putin.
A Turquia considera as Unidades de Proteção do Povo -- YPG, as milícias curdas da Síria que combatem o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) -- uma formação "terrorista" e com ligações à rebelião curda na Turquia, liderada pelo ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
O YPG afirma-se como a principal formação armada integrada nas Forças Democráticas Sírias que combatem os 'jihadistas' e tentam desalojados do seu bastião de Raqqa.
Ancara já prometeu intervir caso considere que o YPG coloca uma ameaça de segurança. Esta semana a Turquia ripostou, após denunciar ataque do grupo curdo na fronteira entre os dois países.
Antes, e segundo fontes oficias turcas citadas pela Associated Press (AP), o enviado norte-americano para a coligação internacional contra o EI, Brett McGurk, reuniu-se com responsáveis militares e do ministério turco dos Negócios Estrangeiros.
McGurk inscreveu no 'Twitter' que mantinha consultas com a Turquia na perspetiva de "esforços mútuos para derrotar [o EI] e garantir que nunca mais ressurgirá".
Em comunicado, a Casa Branca precisou que os dois presidentes abordoaram a forma de resolver a crise entre o Qatar e os seus vizinhos do Golfo e "pôr termo ao financiamento do terrorismo".
"O Presidente Trump sublinhou a importância para todos os nossos aliados a parceiros em aumentarem os seus esforços para combaterem o terrorismo e o extremismo sob todas as formas", indicou o gabinete da presidência norte-americana.
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrain e Egito isolaram economicamente e diplomaticamente o Qatar antes de emitirem um ultimato que expira nos próximos dias e com uma lista de 13 exigências, incluindo o fim da cadeia televisiva Al Jazeera, e o encerramento da uma base militar turca no Qatar.
Ancara, que mantém relações privilegiadas com Doha, mas também relações estáveis com as restantes monarquias do Golfo, esforça-se por desempenhar uma função de mediador.
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