Acusados pelos atentados de 11 de Setembro voltam ao tribunal
Os cinco acusados pelos atentados do 11 de setembro, nos EUA, compareceram hoje perante um tribunal militar em Guantánamo, cerca de quatro meses após as suspensão das audiências preliminares destinadas a preparar um processo ainda por ultimar.
© Reuters
Mundo Guantánamo
Vestido com a sua tradicional camuflagem e a barba pintada de laranja, o paquistanês Khaled Cheikh Mohamed, autoproclamado cérebro dos atentados, e quatro coarguidos, assistiram hoje a uma audiência sobre a monitorização das suas conversas com os respetivos advogados.
Esta foi a primeira vez, desde fevereiro, que os acusados compareceram na sala do tribunal moderno de Guantánamo.
Esta audiência, que está prevista durar até sexta-feira, ocorre na mesma altura em que 104 dos 166 presos de Guantánamo estão há mais de quatro meses em greve de fome, tendo 44 sido alimentados à força, através de sondas gástricas, referiu um porta-voz da prisão, o tenente-coronel Samuel House.
Ignora-se se os acusados pelo 11 de setembro fazem parte do grupo, mas um dos seus advogados indicou que o seu constituinte, o saudita Moustapha al-Houssaoui, estava solidário com a mesma.
Durante a audiência os advogados de defesa começaram por interrogar ao ex-chefe dos tribunais militares de exceção, Bruce MacDonald, sobre o regulamento para troca de informações entre os acusados e os seus defensores.
O responsável do Pentágono indicou, por teleconferência, que havia pedido os registos e escutas de todas as conversas telefónicas entre os cinco homens e os seus advogados.
Todas as declarações dos cinco homens, que enfrentam a pena de morte, são consideradas confidenciais, uma vez que estiveram encarcerados numa prisão secreta da CIA, antes de serem transferidos para Guantánamo.
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