Cruz Vermelha recebe mais sete menores das FARC
O Comité Internacional da Cruz Vermelha recebeu na quarta-feira sete menores que saíram dos acampamentos das FARC e que se juntaram aos 24 já entregues na terça-feira, como parte do acordo entre a guerrilha e o Governo colombiano.
© Reuters
Mundo Guerrilha
"Aos 24 menores que foram recebidos ontem [terça-feira] pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha em sete zonas transitórias de normalização, juntam-se sete adolescentes que o Comité recebeu em quatro zonas do país e que foram entregues a pessoal da Unicef e do Governo colombiano", indicou o organismo internacional em comunicado.
A instituição informou também que "facilitou esta operação humanitária em conformidade com o solicitado pelo Governo colombiano e as FARC" e destacou que "se mantém a disponibilidade de todas as partes para novos pedidos com a mesma finalidade".
Desde setembro de 2016, o Comité Internacional da Cruz Vermelha transferiu 119 menores que faziam parte das fileiras das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).
A conselheira presidencial para os Direitos Humanos da Colômbia, Paula Gaviria, assegurou na quarta-feira que um grupo entre cinco e 12 menores permanecia nos acampamentos das FARC, que na terça-feira concluíram definitivamente o desarmamento.
O líder das FARC, Félix Antonio Muñoz, afirmou, na passada sexta-feira, que a guerrilha vai entregar todos os menores que estavam nas suas fileiras.
Gaviria explicou que "os direitos dos menores são prevalentes sobre os demais direitos de todos os colombianos e estão sempre acima de qualquer interesse".
Entre os motivos pelos quais estes menores não querem sair das zonas onde estão as FARC, agora denominadas "espaços territoriais de capacitação e reincorporação", está o facto de terem gerado "vínculos com pessoas idosas", explicou.
O acordo final de paz entre o Governo do Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e as FARC, foi assinado no passado dia 24 de novembro, em Bogotá.
O acordo veio pôr termo a mais de meio século de conflito armado que fez 260.000 mortos, quase sete milhões de deslocados e cerca de 45.000 desaparecidos, segundo dados oficiais.
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