Polícia investiga possível ajuda prestada a autor do ataque em Barcelona
O conselheiro de Justiça do governo autónomo da Catalunha, Carles Mundó, disse hoje que a polícia quer saber se o autor do atentado, abatido na segunda-feira pelas autoridades, contou com ajuda para fugir depois do ataque.
© Getty Images
Mundo Justiça
Younes Abouyaaquob conduziu o veículo que atropelou os peões que se encontravam nas Ramblas, centro de Barcelona, tendo provocado a morte a 15 pessoas, entre as quais duas cidadãs portuguesas.
Logo após o ataque, Abouyaaquob pôs-se em fuga tendo sido abatido pela polícia, na segunda-feira, em Subirats.
Um dos motivos que indicam que o atacante foi ajudado é o facto de, no momento em que foi abatido, Younes Abouyaaquob se encontrar com um cinto de explosivos falso, tendo mudado anteriormente de roupa.
Mundó admite que "seguramente contava com algum tipo de logística".
O conselheiro explicou também que a polícia na Catalunha (Mossos de Esquadra) está a trabalhar para determinar se a "célula terrorista de Alcanar (Tarragona) "contava com algum "apoio nacional ou internacional" que possa vir a ser um "risco" no futuro.
Carles Mundó especificou que quando menciona a "desarticulação da célula" refere-se à neutralização dos 12 implicados que foram identificados pelos Mossos de Esquadra mas que "é evidente" que podem existir "elementos de cooperação", pelo que a investigação avança nesse sentido.
Mundó revelou que alguns elementos do grupo detidos prestaram declarações à polícia, o que proporcionou informação para as autoridades prossigam com as investigações.
O membro do governo autónomo da Catalunha acrescentou que as declarações dos quatro implicados, hoje, perante a Audiência Nacional em Madrid podem vir a ser cruciais para "explicarem tudo o que sabem".
Por outro lado, o conselheiro recomendou "prudência" em relação às informações relacionadas entre os atentados e outros países para que as "linhas de investigação" não sejam comprometidas e que, até ao momento, tudo o que tem sido "difundido" sobre os contactos com o estrangeiro são apenas conjeturas.
Os quatro indivíduos implicados nos atentados de Barcelona e Cambrils prestam hoje declarações ao juiz Fernando Andreu, na Audiência Nacional, em Madrid, que vai formular a acusação e determinar as medidas de coação.
Os suspeitos chegaram às 08:00 (07:00 em Lisboa) à capital espanhola, transportados em carros celulares da Guardia Civil, depois de terem passado a noite no comando policial de Tres Cantos, na Catalunha.
Os quatro suspeitos são membros do mesmo grupo responsável pelos atentados e que era formado, pelo menos, por 12 pessoas, cinco dos quais foram abatidos em Cambrils.
Outros dois morreram na explosão de quarta-feira na vivenda de Alcanar e o último, Younes Abouyaaqoub, foi morto pela polícia na segunda-feira.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com