Terrorista confessa: Ideia era atacar a Sagrada Família
Um dos responsáveis pelo atentado terrorista em Barcelona esteve hoje em tribunal.
© Reuters
Mundo Barcelona
Mohamed Houli Chemlal confessou, esta terça-feira, que o objetivo da célula terrorista era a de atacar a Sagrada Família, um dos monumentos mais visitados e conhecidos de Barcelona.
Ouvido hoje num tribunal de Madrid, o terrorista que ficou ferido na quarta-feira à noite numa explosão no interior da habitação onde os jihadistas preparavam o atentado, confessou ao juiz que o objetivo era o de levar a cabo um ataque de “maior alcance”.
De acordo com o noticiado pelo jornal El Mundo, Mohamed Chemlal identificou ainda outros elementos da célula terrorista e descreveu a forma como os jihadistas adquiriram os produtos para produzir as bombas com que pretendiam destruir o mais conhecido monumento de Antoní Gaudi.
A audição dos detidos – quatro – vai continuar e só no final o juiz Fernando Andreu irá revelar quais as medidas de coação a aplicar aos terroristas, embora o Ministério Público tenha pedido a pena de prisão, incondicional e sem direito a fiança para Mohamed Houli Chemlal.
O segundo detido que já começou a ser ouvido é Driss Oukabir, originário de Marsella (França) e em cujo nome foi alugada a viatura usada no ataque nas Ramblas, em Barcelona, e cujo irmão Moussa, morreu juntamente com outros quatro terroristas, abatidos pela policia, em Cambrils.
Também hoje foi revelada a detenção, no último domingo, de um homem de 34 anos que mora em Uxda, em Marrocos, mas que viveu anteriormente na localidade catalã de Ripoll onde também residia Moussa Oukabir, um dos membros do comando da célula terrorista que levou a cabo os atentados em Barcelona.
A polícia espanhola investiga agora se Younes Abouyaaquob, o terrorista que conduziu o veículo que atropelou os peões nas Ramblas, contou com a ajuda de algum cúmplice durante a sua fuga.
Para já sabe-se que os terroristas espanhóis tinham viajado para Paris, uma semana antes do ataque em Barcelona, não se conhecendo a razão para tal deslocação.
Recorde-se que o duplo ataque perpetrado nas Ramblas e em Tarragona tirou a vida a 15 pessoas – incluindo duas portuguesas – e feriu cerca de 130.
Morreram ainda oito terroristas pertencentes à célula catalã - seis abatidos pela polícia e dois morreram na explosão acidental que ocorreu na casa onde os jihadistas preparavam o ataque, em Alcanar.
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