Dois terroristas na prisão, um em liberdade. Eis as decisões do juiz
Quatro suspeitos detidos com relação ao duplo atentado em Barcelona e em Cambrils foram ontem, terça-feira, ouvidos pelo juiz.
© Reuters
Mundo Barcelona
O juiz da Audiência Nacional, Fernando Andreu, decretou esta terça-feira as primeiras medidas de coação para os quatro suspeitos detidos com relação ao duplo atentado em Barcelona e em Cambrils, Tarragona.
Driss Oukabir e Mohamed Houli Chemlal ficam prisão provisória incondicional, ou seja, sem direito a pagar fiança para aguardar julgamento em liberdade.
Driss Oukabir, de 28 anos, foi o primeiro suspeito a ser ligado ao atentado, como o nome que aparecia na documentação de aluguer da carrinha de mercadorias utilizada no atropelamento em massa nas Ramblas. O homem entregou-se na esquadra da polícia em Ripoll no mesmo dia do atentado, alegando que o irmão, Moussa Oukabir (abatido em Cambrils), de 17 anos, lhe roubara a identidade. Tal não correspondia à verdade, dado que admitiu ter alugado o veículo e recebeu a medida de coação mais gravosa.
Mohamed Houli Chemlal, de 21 anos, disse ao juiz, numa audiência de mais de uma hora, que o ataque de maiores proporções que estava a ser preparado tinha como alvo a Sagrada Família, dando outros detalhes de como estava a ser planeado. O advogado do suspeito pedia liberdade condicional com medidas cautelares mas Fernando Andreu decidiu em contrário.
Salah El Karib, de 34 anos de idade, fica à disposição dos juízes de instrução da Audiência Nacional nas próximas 72h, para interrogatório, enquanto se aprofundam as diligências, e só no final deste período se conhecerão as medidas de coação. O suspeito demarcou-se da célula terrorista, assegurando que apenas serviu de intermediário na compra dos bilhetes de avião para poder ganhar uma comissão.
Fontes judiciais indicaram que Salah El Karib adquiriu dois bilhetes de avião: um para o imã de Ripoll, suposto cérebro dos atentados, e outro para Driss Oukabir, para viajar para Marrocos.
O único suspeito libertado foi Mohamed Aallaa, de 27 anos de idade. O marroquino negou que o Audi A3 branco utilizado no ataque em Cambrils seja seu. Segundo o seu testemunho, é dono de outro carro e aquele estava em seu nome “por uma questão de seguros” mas na prática quem o usava era um dos seus irmãos implicados nos atentados (um foi abatido e outro está desaparecido, acreditando-se que seja o segundo corpo descoberto na casa de Alcanar).
Mohammed Aalla fica em liberdade provisória por não se terem encontrados indícios suficientemente sólidos para a sua detenção.
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