Presidente são-tomense tem relacionamento "muito estreito" com o Governo
O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, disse hoje que tem um relacionamento institucional "muito estreito" com o Governo do primeiro-ministro Patrice Trovoada, sublinhando ter "conhecimento prévio" de todas as decisões do executivo.
© Lusa
Mundo Evaristo Carvalho
"Todas as decisões tomadas pelo Governo central foram tomadas com conhecimento prévio pelo Presidente da República", disse Evaristo Carvalho em declarações a jornalistas, no palácio presidencial.
Numa altura de forte tensão entre o Governo e a oposição, marcada nos últimos dias com acusações de parte a parte envolvendo a presença e atividade de militares ruandeses no país, que a oposição considera ilegal, o chefe de Estado disse que está a "acompanhar de perto toda a informação do país em todos os domínios".
Evaristo Carvalho, que falava hoje a jornalistas, sem direito a perguntas, a propósito do seu primeiro ano de mandato como Presidente da República, destacou como "um grande ato" o restabelecimento das relações diplomatas com a China.
Em 15 agosto de 2016, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) são-tomense proclamou Evaristo Carvalho vencedor das eleições presidenciais, depois da divulgação dos resultados definitivos que deram ao candidato 81,64% dos votos.
Foi uma eleição bastante contestada por outros dois candidatos, designadamente o ex-presidente Manuel Pinto da Costa e Maria das Neves, candidata do maior partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).
Ambos acusaram o Governo de "recorrer a fraude para fazer passar o seu candidato" (Evaristo Carvalho), exigiram a anulação de todo o ato eleitoral e recusaram participar na segunda volta do escrutínio, marcado por uma abstenção de 53,94%, uma das maiores registadas na história das eleições em São Tomé e Príncipe.
Um ano depois de tomar posse, Evaristo Carvalho afirmou que durante esses 12 meses promulgou "pouco mais de 70 diplomas" governamentais e outras três dezenas provenientes da Assembleia Nacional (parlamento) com a qual diz ter "um ótimo" relacionamento.
O chefe de Estado acrescentou que está a exercer o seu mandato "sem qualquer dificuldade", sublinhando que promulgou todos os diplomas dentro da sua consciência.
"Dentro da minha consciência, dentro da minha experiencia, promulguei sem qualquer dificuldade, convencido de que vão permitir algum passo positivo para o nosso país em todos os domínios", explicou Evaristo Carvalho.
Muitos desses diplomas, principalmente os que foram aprovados apenas pela maioria parlamentar do partido no poder, Ação Democrática Independente (ADI), foram contestados pela oposição, que pediu a sua fiscalização preventiva ao Supremo Tribunal de Justiça.
O chefe de Estado são-tomense desejou que o seu país continue na via da "paz, tranquilidade e coesão social", defendendo a necessidade do "respeite pelos direitos dos cidadãos, dos direitos da oposição e o papel do governo".
"Eu espero que os próximos tempos venham a ser melhores, espero que haja paz tranquilidade e coesão social, que se continue respeitando os direitos dos cidadãos, os direitos da oposição e o papel do Governo que é o poder", disse Evaristo Carvalho.
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