Sismo no México: Mais de 200 mortos, incluindo 21 crianças
Mais de 200 pessoas, incluindo pelo menos 21 crianças, morreram na sequência de um sismo de magnitude 7.1, que na terça-feira abalou o centro do México, 32 anos depois de outro terramoto ter causado milhares de vítimas. Num primeiro momento esta manhã, dava-se conta de mais de 220 mortos, balanço que chegou a ser precisado em 248. O número viria a ser revisto em baixa para 217.
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Mundo Síntese
"Cerca de 117 pessoas perderam a vida na cidade do México, 39 em Puebla, 55 em Morelos, 12 no Estado do México e uma em Guerrero", disse à estação Televisa o secretário de Estado do Interior, Miguel Ángel Osorio, citado pelas agências AFP e EFE. Entretanto, o coordenador nacional da Proteção Civil, Luis Felipe Puente, retificou o número de vítimas mortais para 217. Este total é a soma de 86 mortos na cidade do México, 71 em Morelos, 43 em Puebla, 12 em Estado de México, quatro em Guerrero e um em Oaxaca. Refira-se que chegou a ser avançado um número de 248 vítimas mortais.
Entre as vítimas há 21 crianças de uma escola no México que ruiu, mantendo-se as buscas para encontrar cerca de 30 desaparecidos.
"Temos um balanço de 25 mortos: 21 crianças e quatro adultos" na escola primária Enrique Rebsamen, disse à estação de televisão Televisa, Javier Trevino, subsecretário da Educação.
O epicentro do sismo, que ocorreu na terça-feira às 13h14 (19h14 em Lisboa), foi registado na fronteira do Estado de Puebla e Morelos (centro), a 51 quilómetros de profundidade, segundo o centro geológico norte-americano USGS.
O sismo de terça-feira foi registado depois de na semana passada (7 de setembro), um terramoto de magnitude 8.2 -- o mais forte desde 1932 -, ter causado 98 mortos no sul do país: 78 em Oaxaca, 16 em Chiapas e quatro em Tabasco.
O abalo, que causou numerosas cenas de pânico, coincidiu com o 32.º aniversário do forte sismo que provocou milhares de mortos em 1985 e foi registado apenas duas horas depois de um simulacro de um terramoto em todo o país.
Vídeos divulgados nas redes sociais mostram a violência do terramoto, a queda de edifícios e mesmo uma forte explosão num imóvel.
"Estou chocada, não consigo parar de chorar, é o mesmo pesadelo do que em 1985", disse Georgina Sanchez, de 52 anos, numa praça da Cidade do México, revivendo este episódio da história do país.
Outra mulher, Lucia Solis, também invocava o abalo registado há 32 anos: "Não é possível que seja outro 19 de setembro", disse, com as mãos a tremer.
O sismo, de 7.1 na escala de Richter, fez colapsar dezenas de edifícios na cidade, provocando fugas de gás nas ruas e um forte odor a gás que afetou os cidadãos que se apressaram a ajudar as equipas de resgate, com cordas, roupas e água.
As pessoas juntaram-se perto dos edifícios desmoronados, cobrindo os rostos com as mãos devido ao cheiro a gás, enquanto procuravam informações sobre os seus familiares presos nos escombros e eram avisadas pelas autoridades para não fumarem por causa das fugas de gás.
As autoridades cortaram as ruas e helicópteros ajudavam a coordenar o trabalho das autoridades mexicanas que se encaminhavam para os locais destruídos pelo sismo.
Os soldados e fuzileiros integram os trabalhos apoiados também por cidadãos voluntários, juntamente com os serviços de emergência.
Dada a dimensão da catástrofe, o governo mexicano ordenou aos hospitais públicos e privados para receberem os feridos e serviços de transporte públicos grátis.
O sismo causou numerosos cortes no serviço elétrico, afetando 3,8 milhões de pessoas, e fugas de gás, interrompendo também o serviço de telecomunicações.
As atividades escolares foram suspensas até novo aviso na Cidade do México e nos estados do México, Guerrero Hidalgo, Morelos, Puebla, Veracruz e Tlaxcala.
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