Participação em manifestações em Barcelona revista em alta para 700 mil

A polícia municipal de Barcelona estimou que perto de 700 mil pessoas se manifestaram hoje naquela cidade catalã, contra a violência policial que ocorreu no último domingo durante a realização do referendo independentista na Catalunha.

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Lusa
03/10/2017 21:37 ‧ 03/10/2017 por Lusa

Mundo

Catalunha

Um porta-voz da autarquia de Barcelona referiu que esta estimativa tem em conta as diferentes manifestações e marchas que estão a decorrer desde manhã naquela cidade.

Durante a tarde, a polícia municipal tinha estimado uma participação na ordem das 300 mil pessoas.

A par destas manifestações e marchas, a rotina em Barcelona foi também hoje marcada por uma greve geral que deixou vários monumentos, incluindo a emblemática catedral da Sagrada Família, encerrados, o porto da cidade -- o terceiro mais importante de Espanha -- quase sem funcionar e as equipas do FC Barcelona sem treinar.

Várias estradas foram cortadas e o Metro de Barcelona está a funcionar com serviços mínimos, permitindo aos passageiros entrar sem pagar.

Na convocação da greve geral, os principais sindicatos apelaram para que os protestos paralisassem a região, com mais 7,5 milhões de habitantes e uma das mais ricas de Espanha.

A intervenção policial para impedir a realização do referendo sobre a independência da Catalunha no domingo fez 893 feridos, segundo as autoridades regionais.

Apesar da repressão policial, 42% dos 5,3 milhões de eleitores conseguiram votar e 90% deles votaram a favor da independência, de acordo com o governo regional da Catalunha (Generalitat).

A consulta popular foi agendada pela Generalitat, dominada pelos separatistas, tendo o Estado espanhol, nomeadamente o Tribunal Constitucional, declarado que a consulta era ilegal.

Hoje à noite, numa mensagem transmitida pela televisão, o rei de Espanha, Felipe IV, acusou "determinadas autoridades" da Catalunha de "deslealdade" institucional e de terem uma "conduta irresponsável", totalmente à margem do Direito e da Democracia.

Felipe IV frisou que tinha decidido dirigir-se "diretamente aos espanhóis" porque se estão a "viver momentos muito graves para a vida democrática" do país.

 

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