O líder do governo catalão, Carles Puigdemont, garantiu esta terça-feira que a Catalunha vai declarar a independência nos próximos dias.
Em declarações à BBC, Puigdemont disse que o governo deverá "atuar no final desta semana ou no início da próxima".
Questionado sobre a possibilidade de Madrid intervir e assumir o controlo do governo catalão, Puigdemont considera que tal opção "seria um erro que mudaria tudo", referindo ainda que não está em contacto com o Executivo de Mariano Rajoy.
A intenção reiterada por Puigdemont surge depois do discurso, transmitido pelas televisões, de Felipe VI, apesar de não estar confirmada a informação de que as declarações do líder catalão terem sido proferidas após o discurso.
Dirigindo-se ao povo espanhol, o rei acusou o governo da Catalunha de "deslealdade" e considerou que o "comportamento irresponsável [das autoridades catalãs] pode até colocar em risco a estabilidade económica e social da Catalunha e de toda a Espanha".
Esta terça-feira foi marcada por uma greve geral na região, já considerada a maior da história. Mais de 700 mil saíram às ruas para protestar contra a violência policial do último domingo, quando os catalães decidiram votar pelo seu futuro. Vários monumentos, incluindo a Sagrada Família, foram encerradas, portos ficaram sem funcionar, estradas foram cortadas e o Metro de Barcelona funciona com serviços mínimos.