Manifesto pede "fim da marginalização" dos nacionalistas
O manifesto da Sociedade Civil Catalã, lido no final da marcha realizada hoje em Barcelona, pede o fim da "marginalização" dos catalães não-independentistas, bem como do "confronto" e da "dor" vivida pela população da Catalunha na sequência do referendo.
© Reuters
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"Nenhum ator político deve evitar que os catalães não-independentistas façam parte da paisagem e que também pertencem à sociedade catalã. Não há marginalização, temos o direito de ser ouvidos e de ser levados em consideração", diz o manifesto.
O texto, inicialmente lido em espanhol pelo vice-presidente da SCC, Álex Ramos, apela ao "bom senso" e destaca a "vontade de encerrar um processo que mergulhou os catalães em confrontos, confusão, dor e desespero".
"Os riscos do processo de independência, que temos advertido há anos, atingiram a sua máxima visibilidade: os nacionalistas chegaram ao extremo do penhasco e agora querem lançar a sociedade catalã no vazio", acrescenta.
Os autores do manifesto acusam os promotores desse processo de "violar o sistema de direitos e liberdades", de "instrumentalizar as instituições ao serviço de seus objetivos" e de "romper a convivência".
Milhares de pessoas manifestaram-se na manhã de hoje em Barcelona contra a independência da Catalunha e a favor da unidade de Espanha.
A plataforma Sociedade Civil Catalã (SCC) estima que a manifestação concentrou 950 mil pessoas, as autoridades da Catalunha avança com a participação de 350 mil pessoas.
A manifestação, que contou com a presença de políticos do Partido Popular, do partido Cidadãos e do Partido Socialista Catalão (PSC), realizou-se dois dias antes de o presidente da Generalitat (governo autónomo catalão), Carles Puigdemont, ir ao parlamento catalão para apresentar com uma declaração de independência.
Entre as muitas bandeiras espanholas, 'senyeres' (bandeira da Catalunha) e algumas europeias, a marcha começou lentamente pelas 12:00 locais (11:00 de Lisboa) gritando palavras de ordem como "Puigdemont para a prisão", "Eu sou espanhol" ou "Viva Espanha, viva a Catalunha e viva a Guardia Civil "e, ao passar pela sede da Polícia na Via Laietana, aplaudiu e gritou: "Vocês não estão sozinhos".
Em Bruxelas, centenas de pessoas também se manifestaram, durante mais de hora e meia, a favor da unidade do reino de Espanha, na praça do Luxemburgo, frente ao Parlamento Europeu (PE), noticiou a agência espanhola Efe.
Esta manifestação foi também convocada pela Sociedade Civil Catalã, e contou com a presença de representantes europeus do Partido Popular, do Partido Socialista Operário Espanhol e do Partido Cidadãos.
"Vamos recuperar o bom senso" foi o lema da manifestação.
Em Paris, uma centena de pessoas manifestou-se para defender a unidade de Espanha, com bandeiras espanholas e para transmitir que os espanhóis "não estão sozinhos" e a sua mensagem é escutada no estrangeiro.
O protesto, que decorreu junto à sede do Instituto Cervantes, organismo de divulgação da língua e cultura espanholas no estrangeiro, contou com a presença do novo embaixador de Espanha em França, Fernando Carderera.
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