Primeiro-ministro iraquiano nega intenção de atacar Curdistão
O primeiro-ministro iraquiano, Haidar al-Abadi, negou hoje ter intenção de recorrer à força militar contra o Curdistão, depois de as autoridades curdas terem acusado Bagdad de preparar um ataque de retaliação pelo referendo sobre a independência.
© Reuters
Mundo Haider al-Abadi
"Não vamos utilizar o exército contra o nosso povo e não vamos lançar uma guerra contra os curdos. O nosso dever é manter a unidade do país e aplicar a Constituição para proteger os cidadãos e os recursos nacionais", disse o primeiro-ministro na abertura de uma reunião do Conselho de Ministros.
Abadi afirmou que o seu Governo não vai permitir "o regresso do discurso sectário e divisionista" que entre 2006 e 2008 deu origem a uma grave onda de violência entre sunitas e xiitas.
Os combatentes curdos ('peshmergas') bloquearam hoje duas estradas que ligam a região do Curdistão com a cidade de Mossul, a maior do norte do Iraque, para prevenir um eventual ataque do exército iraquiano.
A medida foi tomada um dia depois de o conselho de segurança do Curdistão ter assegurado que foi avisado da preparação de um "grande ataque" das forças iraquianas a sul e a oeste da disputada cidade de Kirkuk.
A relação entre Bagdad e Erbil degradou-se nas últimas semanas, depois de a esmagadora maioria da população ter votado pela independência do território num referendo não vinculativo e considerado ilegal pelo governo central.
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