Eurico Brilhante Dias defende aprofundamento da relação com Macau
O secretário de Estado da Internacionalização defendeu hoje o aprofundamento da relação histórica de Portugal e Macau, apoiando progressivamente o território como plataforma para os países lusófonos.
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Mundo Internacionalização
Eurico Brilhante Dias falava aos jornalistas depois da cerimónia de abertura da 22.ª Feira Internacional de Macau (MIF) e Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa (PLPEX), que decorrem em simultâneo.
Os próximos passos da relação histórica de Portugal com Macau são "aprofundar e procurar que instrumentos como o fundo de cooperação com os países de língua portuguesa possam ter uma abordagem para um conjunto de projetos mais abrangente", não só para grandes projetos ligados às infraestruturas e obras públicas, mas também instrumentos financeiros orientados para as pequenas e médias empresas, afirmou.
O responsável lembrou a assinatura do memorando de entendimento entre a seguradora de créditos portuguesa Cosec e a Autoridade Monetária de Macau para desenvolver "uma agência de crédito à exportação para apoiar empresas que pretendam operar nos países lusófonos".
É "um passo muito importante" no apoio progressivo de Portugal a Macau como plataforma para os países de língua portuguesa, sublinhou Eurico Brilhante Dias.
"Portugal tem vindo progressivamente a apoiar essa plataforma" por considerar "ser muito útil ter uma região com os laços históricos e onde a oferta portuguesa e dos países de língua portuguesa se encontra com a China", declarou.
"Muitos países do mundo gostariam de ter com a China uma plataforma como esta em Macau, com este grau de conhecimento e de interseção", afirmou.
"Macau é um valor para os dois países [Portugal e China] e é que isso que procuramos afirmar e explorar", sublinhou.
O secretário de Estado indicou ainda que Portugal se prepara para abrir "provavelmente em 2019" um Consulado em Cantão (sul da China) e uma delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Sobre a participação portuguesa na PLPEX, Eurico Brilhante Dias destacou o "caminho fantástico nos últimos anos de aumento de valor" da economia e produtos portugueses, visível nas feiras internacionais como a de Macau.
Na cerimónia de abertura, que contou com a presença do chefe do executivo de Macau, Chui Sai On, o secretário da Economia e Finanças, Lionel Leong, destacou a convergência no território das culturas ocidental e oriental, sendo um "dos importantes nós" da iniciativa chinesa "Uma Faixa, Uma Rota".
"Esperamos que a MIF e a PLPEX tenham um efeito de sinergia, produzindo uma combinação orgânica entre a indústria de convenções e exposições de Macau, a plataforma de serviços para a cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa e a iniciativa 'Faixa e Rota' para gerar maiores benefícios", afirmou na cerimónia.
Lionel Leong expressou a vontade de que um "maior número de convenções e exposições internacionais venham a estabelecer-se em Macau" e proporcionar mais "oportunidades de desenvolvimento para as empresas locais e residentes, especialmente as micro, pequenas e médias empresas, os profissionais e os jovens".
Mais de 50 países e regiões, mais de mil empresas e outras organizações estão presentes na 22.ª MIF, de acordo com o Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM), entidade organizadora.
A PLPEX conta com a participação de 210 organizações e empresas provenientes da China continental e dos países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
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