Nove mortos e dezenas de feridos num ataque talibã a escola no Paquistão
O atentado talibã perpetrado hoje contra uma universidade de Peshawar, noroeste do Paquistão, causou pelo menos nove mortos e dezenas de feridos, indicaram autoridades médicas paquistanesas no mais recente balanço do ataque.
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Mundo Peshawar
"Recolhemos os corpos de seis pessoas e de 18 feridos, dois deles em estado crítico", disse à agência France Presse um porta-voz do complexo médico de Hayatabad.
Um outro hospital público, o complexo médico Kyber, indicou, por seu lado, ter recebido 20 feridos e os restos mortais de três pessoas.
O último balanço oficial dava conta de 25 feridos no atentando, reivindicado pelo grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP).
Os três atacantes, que entraram no Departamento e Agricultura da universidade, foram abatidos, segundo o gabinete de informação do exército.
Abdul Wali, da polícia de Peshawar, disse à agência Efe que, entre os feridos, estão estudantes e polícias, bem como um segurança e um jornalista.
Segundo a fonte, o ataque começou quando "três terroristas vestidos com 'burkas'" entraram com um riquexó nas instalações da direção do Departamento de Agricultura, onde há também uma residência de estudantes, e abriram fogo.
Wali explicou que hoje é feriado, devido à celebração do nascimento do profeta, pelo que vários estudantes estavam na residência.
O exército enviou tropas para o local, que entraram nas instalações, onde abateram os atacantes.
O TTP reivindicou o ataque através de uma mensagem em que especificou que três dos seus combatentes realizaram o ataque.
Este não é o primeiro ataque contra uma universidade no Paquistão. Em janeiro do ano passado um ataque na Universidade Bacha Khan de Charsadda causou a morte de 25 pessoas.
O ataque mais grave contra uma instituição educativa aconteceu em dezembro de 2014, quando um grupo de insurgentes entrou numa escola em Peshawar, causando 151 mortos, incluindo 125 crianças.
O Paquistão lançou diversas operações militares nos últimos meses em todo o país contra grupos insurgentes, após vários grandes ataques no início do ano.
Esta ofensiva é uma continuação de outra operação que começou nas zonas tribais do país em junho de 2014 e com a qual o exército assegura ter abatido 3.500 insurgentes, um número que não foi comprovado independentemente.
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