Jerusalém: Berlim "não apoia" decisão de Trump
A chanceler alemã, Angela Merkel, declarou hoje que o seu Governo não apoia a decisão do Presidente norte-americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
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Mundo Merkel
O executivo alemão "não apoia esta posição, porque o estatuto de Jerusalém só pode ser negociado no âmbito de uma solução de dois Estados", disse a chanceler, citada numa publicação do seu porta-voz, Steffen Seibert, na rede social Twitter.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, reconheceu hoje Jerusalém como capital de Israel -- uma decisão que, na sua opinião, após o reconhecimento do país há 70 anos, só peca por tardia -- e anunciou que vai dar ordens ao Departamento de Estado para mudar a embaixada de Telavive para Jerusalém.
Os Estados Unidos tornaram-se assim o único país do mundo a reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental da cidade, conquistada em 1967.
Israel considera a Cidade Santa a sua capital "eterna e reunificada", mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano que desejam seja criado, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.
Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua implementação, a cada seis meses, com base no "interesse nacional".
Trump disse, a propósito, que "velhos problemas exigem soluções novas".
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