Venda de imigrantes como escravos pode ser crime contra a humanidade

O Conselho de Segurança (CS) da ONU condenou hoje a venda de imigrantes africanos na Líbia para escravatura dizendo que a ação podia ser considerada um crime contra humanidade.

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© Reuters

Lusa
07/12/2017 17:19 ‧ 07/12/2017 por Lusa

Mundo

Líbia

"O Conselho de Segurança condena estas ações como atos hediondos de abusos dos direitos humanos que podem também ser considerados crimes contra a humanidade", disse o presidente do CS em comunicado no final de uma reunião realizada hoje.

O órgão da ONU pediu ainda a todas as autoridades relevantes que investiguem o caso e que levem os responsáveis até à justiça.

"O Conselho de Segurança encoraja a cooperação entre a União Europeia, a União Africana e as Nações Unidas para proteger as vidas dos imigrantes e refugiados nas rotas de imigração e em particular no interior da Líbia", lê-se no comunicado.

No final de novembro, um documentário da CNN revelou um mercado de escravos perto de Trípoli, capital da Líbia, através de imagens captadas por um telemóvel, quando decorria a venda de dois homens.

No som captado, ouve-se alguém afirmar que "os homens são vendidos por 1.200 dinares libaneses ou 400 dólares cada (339 euros, ao câmbio atual)".

De acordo com as Nações Unidas, refugiados e migrantes africanos são mantidos em cativeiro e vendidos como escravos por traficante e milícias, com os valores a oscilarem entre 200 a 500 dólares (168 a 420 euros).

Nos mercados de venda de escravos na Líbia - o principal centro é a cidade de Sabha -, as mulheres são também vendidas como escravas sexuais.

 

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