Síria: Oposição recusa participar nas negociações de Sotchi
Quarenta grupos da oposição síria recusaram hoje a proposta da Rússia para negociações de paz em Sotchi, acusando Moscovo de não pressionar o regime de Bashar al-Assad a pôr fim ao conflito.
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Mundo Bashar al-Assad
Num comunicado, os grupos rebeldes, entre os quais figuram os principais adversários políticos do regime, afirmam que as conversações, previstas para janeiro, são apenas uma tentativa para "contornar" o processo de paz lançado pela ONU em 2014.
Os grupos recusam ainda o pedido russo para que deixem de exigir o afastamento do Presidente sírio, Bashar al-Assad.
"Rejeitamos e afirmamos que a Rússia é um agressor que cometeu crimes de guerra contra os sírios", lê-se no texto.
"A Rússia não contribuiu com um único gesto para aliviar o sofrimento do povo sírio e não pressionou o regime que apoia a avançar um centímetro no sentido de uma via efetiva para uma resolução" do conflito, afirmam.
Os grupos, entre os quais figuram o Ahrar al-Sham, o Exército do Islão e várias fações do Exército Sírio Livre, afirmam-se empenhados no processo de Genebra e pediram à comunidade internacional para pôr fim ao derramamento de sangue na Síria, em guerra há seis anos.
As conversações de Sotchi, sudoeste da Rússia, previstas para 29 e 30 de janeiro, foram anunciadas depois de contactos entre a Rússia e o Irão, que apoiam o regime, e a Turquia, que apoia a oposição.
O regime sírio anunciou a intenção de participar nas conversações. À imprensa, Bashar al-Assad disse recentemente que a agenda para Sotchi inclui novas eleições e a alteração da Constituição.
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