Os salvadorenhos estavam nos EUA protegidos pelo Temporary Status Program (Programa de Estatuto Temporário), que foi implementando como ajuda humanitária depois de o seu país ter sido vitima de terramotos em 2001, e que tinha de ser renovado esta segunda-feira.
Estas pessoas terão até setembro de 2019 para conseguir um novo estatuto legal de permanência, ou abandonar o país.
No final do ano passado, a administração Trump tinha já posto fim à mesma proteção para cidadãos do Haiti e, meses antes, da Nicarágua. A proteção também deve acabar para outros países que aguardam renovação este ano, como as Honduras.
A secretária da Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, disse na semana passada que estas proteções temporárias não eram uma solução para o problema das pessoas que protegem.
"Conduzi-los até uma solução permanente é um plano muito melhor do que deixá-los viver aqui por seis meses, 12 meses, 18 meses", disse a responsável.
O programa foi criado pelo President George Bush em 1990 e, nas quase três décadas da sua existência, já serviu para proteger vitimas da guerra na Bosnia Herzegovina, ou do virus do Ebola na Guiné, Serra Leoa e Libéria.
Até ao cancelamento do programa para estes países, cerca de 320 mil pessoas, de dez países, viviam nos EUA ao seu abrigo.
Estas decisões chegam num momento em que o Congresso e a Casa Branca negoceiam uma solução para as cerca de 800 mil pessoas protegidas pelo DACA (Deferred Action for Childhood Arrivals), destinado a pessoas que foram trazidas para os EUA de forma ilegal enquanto crianças.
O presidente Donald Trump decidiu terminar com o DACA em setembro, dando ao Congresso até março para encontrar uma solução legislativa.