Já há 20 mortos nos combates entre forças líbias e grupo armado
O número de mortos resultante dos combates de hoje entre forças líbias e um grupo armado, que atacaram um setor do aeroporto de Mitiga, perto de Tripoli, subiu para 20, revelaram as autoridades da Líbia.
© Reuters
Mundo Tripoli
A primeira comunicação do Governo líbio indicava 10 mortos e 15 feridos, sem especificar se se tratava de civis, militares ou elementos do grupo armado.
Às 20 vítimas mortais juntam-se agora 63 feridos, três dos quais encontram-se em estado grave.
Estes confrontos entre forças líbias e o grupo armado sucederam ao ataque das milícias a um setor do aeroporto, onde se situa "uma prisão, onde estão detidas mais de 2.500 pessoas por delitos vários", como indicou a força al-Radaa, encarregada da segurança do local e que depende do Ministério do Interior líbio.
A direção da Segurança de Tripoli, que depende igualmente daquele ministério, revelou que muitos homens armados foram detidos pelas forças líbias e sublinhou que "todas as infraestruturas da base militar e do aeroporto estão sob controlo das autoridades e não sofreram danos".
O grupo não foi identificado, mas o GNA, chefiado por Fayyez al-Sarraj, referiu, em comunicado, que o ataque visava libertar "terroristas pertencentes às organizações [extremista] Estado Islâmico e Al-Qaeda e a outros grupos", detidos na prisão anexa ao aeroporto pela al-Raada.
O aeroporto internacional de Mitiga, o único da capital atualmente operacional, que tem substituído o de Tripoli, danificado em 2014, suspendeu o tráfego aéreo "no decorrer dos combates", que levaram também ao bloqueio de todas as estradas da zona.
"O pessoal do aeroporto e os passageiros foram retirados" logo que os confrontos começaram, afirmou à agência France Presse um piloto líbio.
A União Europeia interditou todas as companhias líbias no espaço aéreo europeu por "razões de segurança", pelo que apenas operam no país africano as companhias de voos internos e se asseguram as ligações regulares com Tunis, na Tunísia), Alexandria, no Egito, Istambul, na Turquia, Amã, na Jordânia, e Cartum, no Sudão.
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