Antes de iniciar a sua intervenção numa conferência sobre a Europa e a Crise, o chefe do Governo italiano observou um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente, que aconteceu quando o autocarro circulava a grande velocidade numa zona de declive perto de Avellino e acabou por cair de um viaduto com 30 metros de altura.

Antes de cair, o autocarro ainda colidiu com vários automóveis, provocando um choque em cadeia com pelo menos 10 viaturas, no qual não houve vítimas mortais.

As equipas de resgate descrevem como "um inferno" o cenário no local do acidente, onde chegaram com grande dificuldade e ouvindo pelo caminho os gritos dos sobreviventes.

O chefe da equipa de bombeiros que acudiu ao local, Pellegrino Iandolo, explicou que o resgate dos sobreviventes e dos corpos foi difícil porque o autocarro caiu numa zona de mato, mas sobretudo disse que era necessária rapidez porque sobre o veículo pendia um pedaço de cimento que se tinha desprendido do viaduto.

O autocarro transportava 48 passageiros, todos originários da província de Nápoles e que regressavam de uma excursão a Telese Terme, que terminou com uma visita a Pietrelcina, a cidade natal do padre Pio, um religioso italiano canonizado em 2002 e venerado no sul de Itália.

Segundo noticiam hoje os media italianos, os passageiros eram todos amigos, residentes nas localidades de Giuliano de Campania, Mugnano de Nápoles e Marano (sul de Itália) e costumavam organizar excursões todos juntos.

O grupo tinha já programada uma próxima excursão à Croácia, organizada como sempre por Luciano Caiazzo, dono de uma charcutaria de Pozzuoli (Nápoles) e que também morreu no acidente.

Dos 48 passageiros que viajavam no autocarro, 36 morreram no local e outros dois acabaram por falecer no hospital.

Os restantes 10 ficaram feridos e foram hospitalizados em várias unidades de saúde da zona, havendo a registar cinco crianças, três das quais em estado muito grave.

As causas do acidente ainda não são conhecidas, estando já em curso um inquérito, no Ministério Público, por “homicídio involuntário”.

As primeiras hipóteses apontam para uma falha do sistema de travagem do autocarro ou para o rebentamento de um pneu.

Chegado no domingo à tarde a Atenas para uma visita de dois dias, Enrico Letta deverá encontrar-se com o seu homólogo grego, Antonis Samaras, para evocar o futuro da Europa e a cooperação entre a Grécia e a Itália, que assumem sucessivamente a presidência da União Europeia, respetivamente no primeiro e segundo semestres de 2014.