Turquia detém 786 pessos por criticarem operação militar em Afrine
O número de pessoas detidas na Turquia por criticarem a ofensiva militar turca no enclave curdo de Afrine (norte da Síria), lançada a 20 de janeiro, ascende a 786, informou hoje o canal CNNTurk.
© Reuters
Mundo Conflito
O balanço divulgado pelo Ministério do Interior há uma semana era de 666 detidos.
Estes são acusados de "propaganda terrorista" a favor do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ligado segundo Ancara à milícia curda síria Unidades de Proteção do Povo (YPG), que o exército turco combate em Afrine.
O governo turco proibiu qualquer protesto público contra a operação militar "Ramo de Oliveira", dirigida contra as YPG, e tem insistido que a população turca a apoia "a 100%".
Diversos ativistas denunciaram que, na atual situação, dizer simplesmente que se prefere a paz à guerra é considerado um crime na Turquia.
O Partido Democrático dos Povos (HDP, de esquerda e pró-curdo) posicionou-se claramente contra a intervenção militar, posição igualmente manifestada por 173 escritores, artistas e intelectuais numa carta aberta.
O exército turco indica que, desde o início da ofensiva, "neutralizou" (abateu, feriu ou capturou) 1.641 milicianos das YPG, enquanto o Observatório Sírio dos Direitos Humanos dá conta de 163 combatentes curdos mortos, além de pelo menos 77 civis.
Pelo menos 31 soldados turcos morreram desde o início da ofensiva.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com