Colaborador próximo de Netanyahu faz acordo com Procuradoria
Um colaborador do primeiro-ministro israelita fez um acordo com a Procuradoria para ser testemunha do Estado no caso de corrupção da telefónica Bezeq, que envolve o chefe do Governo, Benjamin Netanyahu, informou hoje a rádio estatal israelita Kan.
© Reuters
Mundo Testemunhas
Shlomo Filber, diretor-geral do Ministério das Comunicações e confidente próximo de Netanyahu, detido no domingo, começará hoje a testemunhar, como parte do acordo assinado na terça-feira à noite relativamente ao denominado "caso 4000", segundo a Kan, e não será condenado a prisão ou serviço social, nem pagará multas.
Filber é um dos sete detidos como suspeitos na investigação de uma trama para dar a Netanyahu e à sua família uma cobertura positiva num media digital popular Walla, em troca de favores para o gigante das telecomunicações Bezeq, com participação maioritária do proprietário do 'site', Shaul Elovitch.
"Se Shlomo Filber é uma testemunha estatal, Netanyahu pode abandonar já não apenas a residência (oficial do primeiro-ministro) da rua Balfour, mas também a sua casa em Cesarea por uma cama muito menos cómoda", disse hoje o jornalista Ben Caspit no diário Maariv.
Outros dois dos detidos, a diretora executiva da telefónica, Stella Handler, e outro alto dirigente da empresa, Amikam Shorer, comparecem hoje num tribunal de Telavive para prestar declarações, indicou um porta-voz da polícia.
Netanyahu defendeu-se na terça-feira do que considerou serem "acusações falsas" num vídeo divulgado na rede social Facebook.
O chefe do governo israelita disse que o caso faz parte da "campanha de perseguição" contra si e a sua família "que dura há anos".
"Todas as decisões que se tomaram em relação à Bezeq foram por comités, por profissionais, sob estrita supervisão legal. Isto não é o oeste selvagem. Não há decisões privadas aqui. Todas as decisões são transparentes e controladas", declarou Netanyahu.
O escândalo do caso Bezeq ou "4000" surge dias depois da polícia israelita recomendar à Procuradoria que o primeiro-ministro israelita seja acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança nos designados casos 1000 e 2000.
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