A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPCW) está a investigar a alegada utilização de armas químicas, por parte do regime sírio de Bashar al-Assad, no passado domingo, numa localidade próxima de Ghouta Oriental, zona que tem sido alvo de intensos bombardeamentos nas últimas semanas.
A confirmação da investigação foi dada por fonte anónima da OPCW à Reuters. Em causa, estão as acusações de que Assad terá ordenado bombardeamentos com recurso a gás de cloro.
De acordo com os Capacetes Brancos, a defesa civil síria, composta por voluntários que prestam auxilio à população nas zonas controladas pela oposição ao regime de Damasco, pelo menos uma criança morreu intoxicada no domingo, com dezenas de pessoas a serem assistidas nos hospitais de Ghouta, devido a sintomas – como irritação da pele e dos olhos, falta de ar ou tonturas.
Esta terça-feira, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, admitiu que o Reino Unido poderá intervir diretamente na Guerra da Síria, juntando-se aos Estados Unidos nos bombardeamentos aéreos, caso se comprove que Assad tenha utilizado, novamente, armas químicas. Ameaça semelhante foi feita há duas semanas, pela França. O presidente Emmanuel Macron disse que “ainda não tem provas” da utilização de armas químicas por parte de Damasco, mas que, “a partir do momento em que a prova seja estabelecida”, Paris poderá intervir no conflito.