Seul enviará a Pyongyang chefe dos serviços secretos e segurança
O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, decidiu enviar proximamente a Pyongyang o diretor do Serviço Nacional de Informações (NIS), Suh Hoon, e o seu conselheiro de segurança, Chung Eui-yong, indicou hoje uma fonte governamental.
© Reuters
Mundo Moon Jae-in
A Presidência sul-coreana vai anunciar oficialmente nas próximas horas os representantes de Moon para se deslocarem à capital norte-coreana com o objetivo de continuar a promover a aproximação entre as duas Coreias e iniciar um diálogo com os Estados Unidos.
Os altos responsáveis escolhidos, Suh e Chung, deverão viajar para a Coreia do Norte esta semana, revelou uma fonte presidencial hoje citada pela agência sul-coreana Yonhap.
Espera-se que os representantes de Seul entreguem uma carta de Moon ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, e analisem a recente proposta de Kim para realizar uma cimeira, precisou a Yonhap.
Com 30 anos de carreira em diferentes cargos do NIS, Suh foi uma figura chave na gestão das duas cimeiras intercoreanas que se realizaram em Pyongyang em 2000 e 2007.
Chung, o principal conselheiro de segurança de Moon, desempenhou, por sua vez, um papel central na manutenção de uma estreita coordenação com o general H.R. McMaster, o conselheiro de Segurança Nacional do Presidente norte-americano, Donald Trump.
Moon comunicou na passada quinta-feira a Trump o plano de Seul de enviar um representante a Pyongyang, uma missão de alto nível que pretende retribuir a visita ao Sul da enviada especial norte-coreana Kim Yo-jong, irmã do dirigente norte-coreano, para a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang.
Kim Yo-jong transmitiu então a Moon um convite para ir a Pyongyang e realizar a primeira cimeira intercoreana em mais de uma década e, na semana passada, outra delegação norte-coreana que visitou o Sul para o encerramento das Olimpíadas assegurou que o Norte está aberto a dialogar com os Estados Unidos.
Moon está convencido de que a atual aproximação entre as duas Coreias pode servir para que Washington e Pyongyang se sentem à mesa das negociações após um ano de 2017 marcado pelas contínuas provas de força bélica do regime norte-coreano e pelas trocas de ameaças com Trump.
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