Presidente colombiano decidiu retomar conversações de paz no Equador
O grupo de guerrilha colombiano Exército de Libertação Nacional (ELN) assegurou hoje que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidiu retomar as conversações de paz, suspensas desde 10 de janeiro, na capital do Equador.
© Reuters
Mundo ELN
"Agora que o Governo de Santos decidiu regressar à mesa de diálogo, iniciar-se-á em Quito o quinto ciclo de conversações, que estava previsto começar a 09 de janeiro passado, o mesmo dia em que terminou o histórico cessar-fogo bilateral de 101 dias de duração", indicou hoje o grupo insurgente em comunicado.
O ELN afirmou que responde "ao apelo do Presidente Santos para reiniciar as conversações com a convicção de que é melhor dialogar durante um cessar-fogo bilateral e que é necessário cumprir a agenda acordada com rigor e celeridade".
O chefe de Estado da Colômbia confirmou hoje que decidiu retomar o diálogo de paz com o ELN, suspenso a 10 de janeiro após uma onda de atentados perpetrados pelo grupo armado.
"Pensando na vida, em salvar vidas, em alcançar uma paz total para a Colômbia, decidi retomar as conversações de paz com o ELN", disse o Presidente numa declaração na Casa de Nariño.
naom_591404d4a0a71.jpg explicou que foi determinante para a sua decisão o cessar-fogo decretado pela guerrilha durante as eleições realizadas no domingo, pelo que "deu instruções ao chefe da equipa negocial, Gustavo Bell, para que viaje para Quito e reative a mesa de diálogo".
As negociações de paz com o ELN em Quito, iniciadas em fevereiro de 2017, estão suspensas desde 10 de janeiro deste ano, um dia após o fim do cessar-fogo bilateral devido a uma ofensiva do grupo de guerrilha que fez seis mortos e 40 feridos no norte da Colômbia e afetou as infraestruturas petrolíferas de várias regiões.
A guerrilha anunciou a 26 de fevereiro, como "uma mensagem de respeito por quem vota", que faria um cessar-fogo durante as eleições legislativas no país e propôs a definição de uma data para o reatamento das conversações de paz.
"Perante as próximas eleições de 11 de março, para não viciarmos o processo, como uma mostra de respeito pelas colombianas e pelos colombianos que vão depositar o seu voto, o ELN realizará um cessar de operações militares ofensivas entre 09 e 13 de março próximo", anunciou na altura a guerrilha, em comunicado.
O grupo guerrilheiro propôs também a Juan Manuel Santos "a marcação de uma data de início para o quinto ciclo de conversações e o envio da sua delegação de diálogo a Quito", acrescentando: "Da mesma forma, nessa data também estarão presentes todos os nossos delegados, na capital do Equador".
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