Falsos medicamentos levam sete responsáveis farmacêuticos à prisão
Um tribunal de Cotonu condenou hoje sete responsáveis de várias das maiores farmacêuticas do Benim a quatro anos de prisão, pena que está a ser vista como "exemplar" na luta contra a venda de medicamentos falsos, noticiou a imprensa local.
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Mundo Benim
Os "grossistas-vendedores" que controlam a distribuição de medicamentos no Benim foram condenados por "venda de medicamentos falsificados, exposição, detenção em flagrante em locais de venda e venda de substâncias medicamentosas falsificadas".
Os sete condenados -- as empresas a que pertencem não foram identificadas - devem igualmente pagar 100 milhões de francos CFA (150 mil euros) de danos e impostos ao Estado beninense, soma que um advogado da parte civil confirmou à agência noticiosa France-Presse ser "simbólica".
Outros acusados, entre os quais dois colaboradores do deputado da oposição Atao Hinnouho, atualmente em fuga e em casa de quem a polícia encontrou em dezembro último várias centenas de caixas de medicamentos, foram condenados a seis meses de prisão efetiva.
O diretor do Serviço de Farmácias, medicamentos e de Diagnóstico (DPMED), sob tutela do Ministério da Saúde local, que estava acusado de não ter impedido os infratores, foi libertado.
Tal como a vizinha Nigéria, o Benim tem a reputação de "placa giratória" do comércio ilícito de medicamentos na África Ocidental, através do porto de Cotonou.
O Governo de Patrice Talon, eleito em 2016, prometeu combater o tráfico de medicamentos falsificados, que, segundos dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), causam anualmente a morte a mais de 100 mil pessoas na África subsaariana.
Em um ano, as autoridades beninenses confiscaram dezenas de toneladas de medicamentos falsificados ou que escapam à comercialização oficial, tendo detido também dezenas de pessoas ligadas ao setor.
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