Theresa May visita local onde ex-espião russo e filha foram envenenados
A primeira-ministra britânica iniciou hoje uma visita à cidade de Salisbury para ver o local onde o ex-espião Sergei Skripal e a sua filha foram encontrados inconscientes após um ataque com um agente neurotóxico, que Londres atribui à Rússia.
© Getty Images
Mundo Salisbury
Theresa May reuniu-se com elementos dos serviços de emergência médica e responsáveis da área de saúde que acorreram ao local em resposta ao ataque químico contra Skripal e a filha, a 04 de março.
O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, 66 anos, e a filha Yulia, 33, foram encontrados inconscientes no dia 04 de março, num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra, e estão hospitalizados em "estado crítico, mas estável".
O chefe da polícia antiterrorista britânica, Mark Rowley, revelou posteriormente que Skripal e a filha tinham sido vítimas de um ataque deliberado com um agente neurotóxico, um componente químico que ataca o sistema nervoso e que pode ser fatal. Este agente neurológico foi identificado pelo nome Novichok.
Na segunda-feira, numa intervenção no parlamento, Theresa May considerou "muito provável" que a Rússia tivesse sido responsável pelo duplo envenenamento.
Dois dias depois, May anunciou a "suspensão de contactos bilaterais" com Moscovo e a expulsão de 23 diplomatas russos, decisão que a embaixada russa em Londres classificou como "hostil", "inaceitável" e "injustificada".
A chefe do Governo do Reino Unido esteve a ver o banco no qual os Skripals foram descobertos - um dos vários locais na cidade com acesso cortado por fitas da polícia e debaixo de uma tenda forense.
Quase 200 soldados treinados em armas químicas e descontaminação estão a ajudar a polícia nas investigações.
Os líderes de França, Alemanha, EUA e Reino Unido repudiaram hoje, em conjunto, a utilização do agente neurotóxico Novichok contra Sergei Skripal e a filha como uma "violação do direito internacional" e uma "ameaça à segurança de todos".
"Este uso de um agente neurotóxico de grau militar, de um tipo desenvolvido pela Rússia, constitui o primeiro uso ofensivo de um agente neurotóxico na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", disseram.
"É um assalto à soberania do Reino Unido e qualquer utilização desse tipo por um Estado é uma clara violação da Convenção sobre Armas Químicas e uma violação do direito internacional. É uma ameaça à segurança de todos nós", referem num comunicado conjunto divulgado hoje.
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