O presidente Donald Trump deu esta segunda-feira ordem para a expulsão de 60 diplomatas russos. A informação está a ser avançada pela agência Reuters, que cita responsáveis ligados à administração norte-americana. Os Estados Unidos, porém, não são o único país a preparar-se para expulsar diplomatas de Moscovo. França e Alemanha também vão afastar quatro diplomatas.Mas há mais.
Esta decisão coordenada surge numa altura em que a Rússia está no centro do caso do envenenamento do ex-espião russo, atacado este mês juntamente com a filha em Salisbury, no Reino Unido.
A decisão norte-americana implica ainda o encerramento do consulado russo em Seattle. Entre os diplomatas afastados estão 12 elementos da equipa russa das Nações Unidas, organização que tem a sua sede em Nova Iorque.
Entretanto, em resposta, Moscovo já anunciou que vai expulsar 60 diplomatas norte-americanos.
Esta decisão, saliente-se, está a ser acompanhada por mais países. A França e a Alemanha vão afastar quatro diplomatas cada um, segundo avança a BBC. A Reuters acrescenta que serão, pelo menos, 14 os países membros da União Europeia que vão igualmente avançar para decisão semelhante.
Segundo adianta a Sky News, a Polónia já anunciou, através do ministério dos Negócios Estrangeiros, a expulsão de quatro diplomatas russos. O governo da Lituânia, por seu lado, anunciou que irá afastar quatro e proibir a entrada no país de 44 cidadãos russos. Já a Dinamarca vai afastar dois diplomatas russos.
A Ucrânia, através do presidente Petro Poroshenko, fez saber que também vai expulsar 13 diplomatas, uma decisão que, argumenta, é feita em "espírito de solidariedade" com os "parceiros britânicos e transatlânticos e em coordenação com países da União Europeia". A Ucrânia, recorde-se, mantém uma relação tensa com a Rússia na sequência da anexação da Crimeia, em 2014.
Mas há mais. Letónia (quatro), Itália (dois), República Checa (três) e Holanda (dois) também já anunciaram a expulsão de diplomatas russos.
Recorde-se que estas medidas surgem já após o Reino Unido ter expulsado 23 diplomatas russos, uma decisão que levou Moscovo a reagir 'na mesma moeda', expulsando igualmente 23 diplomatas britânicos.
Até ao momento ainda não temos informações relativamente a Portugal. No passado dia 13 de março, Portugal reagiu ao caso publicamente, condenando "veementemente" a tentativa de assassinato do ex-espião russo em território britânico.
[Notícia atualizada às 14h25]