ONU alerta para gravidade da situação na República Centro-Africana
A ONU alertou hoje para a deterioração da situação na República Centro-Africana, onde calcula que a crise política iniciada em Dezembro provocou 206 mil deslocados internos e mais de 62 mil refugiados em países vizinhos.
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Mundo Insegurança
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) denunciou a situação de insegurança e desordem que se vive no país desde que os rebeldes do Seleka tomaram o poder, afastando o presidente François Bozizé.
"Dos refugiados, 40.500 estão na República Democrática do Congo, 13.000 no Chade, 4.800 no Congo e 4.200 nos Camarões", disse em conferência de imprensa o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards.
O porta-voz acrescentou que os ataques noturnos do grupo rebelde na capital, Bangui, fizeram na última semana dois feridos entre os funcionários da ONU, um dos quais acabaria por morrer.
"Nas áreas rurais, os civis têm medo, em muitos casos organizam-se grupos de vigilância e há confrontos entre a população local e elementos do Seleka".
Edwards disse ainda que a ajuda humanitária é difícil e que esta é "uma crise esquecida".
Uma representante da UNICEF afirmou que o país é um dos lugares do mundo onde a sobrevivência é mais difícil para as crianças.
Por outro lado, a Organização Mundial de Saúde advertiu que mais de metade da população não tem acesso aos serviços sanitários básicos e muitos centros de saúde estão ocupados por militares.
O gabinete de Coordenação da Ajuda Humanitária da ONU apontou o escasso financiamento internacional para enfrentar esta crise e disse que só recebeu 32 por cento do orçamento previsto.
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já tinha alertado a comunidade internacional para a situação na República Centro-Africana, num relatório que será analisado quarta-feira pelo Conselho de Segurança da ONU.
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