Portugal utilizado por "estruturas criminosas transnacionais"

Portugal continua a ser utilizado por "estruturas criminosas transnacionais" envolvidas nos tráficos de droga, seres humanos e de armas fogo, auxílio à imigração ilegal e contrabando ou a contrafação, indica o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI).

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© Reuters

Lusa
29/03/2018 20:18 ‧ 29/03/2018 por Lusa

Mundo

Segurança

O RASI 2017, hoje entregue na Assembleia da República, sublinha também que o comércio ilícito de armas de fogo continua a ser, "primordialmente, um mercado de oportunidade", embora continuem a ter relevância fenómenos "como a transformação de armas de alarme em armas de fogo operacionais, bem como a aquisição de armas de fogo (incluindo desativadas) em meio web".

O relatório salienta igualmente a presença em Portugal de estruturas criminosas com origem em países do leste europeu, principalmente envolvidas em crimes contra a propriedade, bem como o potencial para outras atividades, como o interesse demonstrado por grupos organizados em relação à apanha da amêijoa e exportação ilegal do meixão.

O RASI chama ainda a atenção para o branqueamento de capitais, que com os sinais de recuperação da economia portuguesa podem aumentar a pressão sobre setores de atividade, como o imobiliário, turismo e restauração.

O RASI destaca o crescimento da produção de 'cannabis', nalguns casos executada de forma cada vez mais profissional e com ligação a estruturas criminosas estrangeiras, bem como do aumento da presença no mercado interno e da qualidade da heroína, uma tendência que acompanha a generalidade dos países europeus.

Embora se mantenham as estruturas criminosas de origem marroquina no mercado do haxixe, os serviços de informação indicam uma crescente intervenção de grupos criminosos de outras origens, nalguns casos reforçando uma relação direta com os traficantes sediados em Marrocos.

Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.

O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.

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