Chefe da diplomacia chinesa visita Moscovo na próxima semana
O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros vai visitar a Rússia, na próxima semana, numa altura em que o envenenamento de um ex-espião duplo de origem russa resultou numa crise diplomática entre Moscovo e vários países ocidentais.
© Reuters
Mundo Wang Yi
Wang Yi vai reunir com o homólogo russo, Sergey Lavrov, e outros líderes do país, entre 04 e 05 de abril, segundo a agência russa RIA, que cita o ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.
Trata-se da primeira deslocação de Wang ao estrangeiro, desde que foi promovido ao Conselho de Estado chinês, durante a última sessão anual da Assembleia Nacional Popular, realizada este mês.
A visita, que estava originalmente programada para os dias 27 e 28 de março, ocorre numa altura em que o envenenamento, com um componente químico que ataca o sistema nervoso, de Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, no sul de Inglaterra, levou à expulsão de mais de uma centena de diplomatas russos de vários países.
O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.
A China tem evitado acusar Moscovo pela morte de Skripal e, esta semana, apelou "aos países implicados que obedeçam à lei internacional e às normas básicas das relações diplomáticas, visando evitar uma maior escalada das confrontações".
Pequim "opõe-se firmemente ao uso de armas químicas", mas o caso de Skripal "deve ser adequadamente tratado entre o Reino Unido e a Rússia, e os factos aclarados", disse na terça-feira a porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.
O ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, de 33 anos, foram encontrados inconscientes a 04 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso.
O Reino Unido atribuiu o envenenamento à Rússia, que tem desmentido todas as acusações e exigido provas concretas sobre esta alegação.
Em 14 de março, Londres anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos do território britânico e o congelamento das relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a atividade do British Council na Rússia.
Os Estados Unidos, cerca de vinte outros países - entre os quais 17 da União Europeia (UE) - e também a NATO decidiram desde segunda-feira a expulsão, no conjunto, de mais de uma centena de diplomatas russos dos seus territórios, em apoio ao Reino Unido.
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