Rússia diz que Reino Unido pode ser culpado do envenenamento de espião
Aumenta a tensão entre Moscovo e Londres. No que aos Estados Unidos diz respeito, fez saber esta segunda-feira o Kremlin que Donald Trump terá, num telefonema a 20 de março, proposto a Putin um encontro na Casa Branca.
© Global Imagens
Mundo Skripal
A escalada de tensão entre Rússia, Reino Unido e Estados Unidos continua. No dia em que o Kremlin revelou que terá havido uma proposta de Donald Trump, sugerindo um encontro com Vladmir Putin na Casa Branca - antes, porém, da expulsão de 60 diplomatas russos pelos EUA -, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, terá sugerido que foi do interesse do Reino Unido envenenar o ex-agente, Sergei Skripal, avança o The Independent.
O envenenamento "podia ser do interesse do Governo britânico, que está numa situação desconfortável pela incapacidade para cumprir as promessas feitas aos eleitores sobre as condições do 'Brexit'", afirmou numa conferência de imprensa realizada esta segunda-feira.
Sergei Lavrov considera, ainda, que "existem outras explicações para além das apresentadas pelos nossos colegas do Ocidente e que declaram que a responsabilidade apenas pode ser dos russos" e lembrou que existem "especialistas que dizem que [esta morte] seria também altamente vantajosa para os serviços de segurança britânicos, que são conhecidos pela sua capacidade de atuar com licença para matar”.
Segundo Lavrov, a Rússia não tinha nenhuma razão, nas vésperas das presidenciais de 18 de março e a poucos meses do Mundial de futebol, de envenenar o ex-espião, que foi condenado na Rússia por traição, mas integrou em 2010 uma troca de prisioneiros.
O ministro criticou ainda a decisão de vários países ocidentais de expulsar diplomatas russos como represália, afirmando tratar-se de "uma vingança" contra os diplomatas numa altura "em que não há provas" do envolvimento de Moscovo.
Lavrov acusou, também, os países do Ocidente de andarem a fazer "jogos de crianças". Acrescentou, ainda, que "no tempo da Guerra Fria havia algumas regras, mas agora o Reino Unido e os Estados Unidos quebraram-nas todas".
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