Os Estados Unidos de Trump e a Rússia de Putin têm estado envoltos numa polémica que tem marcado a atualidade política internacional.
No passado dia 20 de março, dois depois depois das eleições russas, Donald Trump propôs a Putin, por telefone, um encontro na Casa Branca - uma informação divulgada hoje pelo conselheiro do Kremlin, Yuri Ushakov. Mas, desde então 'muita água correu debaixo da ponte' e o dito encontro pode estar em 'risco'.
Para o assessor do Kremlin, perante os acontecimentos mais recentes que colocam em causa a imagem diplomática de Moscovo, “é difícil discutir a possibilidade de realização a reunião”.
Porém, Ushakov não afasta a possibilidade de diálogo, já que Moscovo quer “acreditar que as discussões sobre a reunião vão agora começar. Queremos ter esperança de que, um dia, possamos iniciar um diálogo sério e construtivo", cita a Reuters.
Em causa está, recorde-se, o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal, de 66 anos, e da sua filha Yulia, de 33 anos - ambos encontrados inconscientes a 4 de março em Salisbury, no sul de Inglaterra, após terem sido envenenados com um componente químico que ataca o sistema nervoso. Duas mortes que são atribuídas a Moscovo.
No início da semana passada, no dia 26 de março, Trump anunciava ao mundo a expulsão de 60 diplomatas russos. Um resposta à morte do ex-espião e da filha que mobilizou, aliás, várias países da União Europeia e não só.
Saliente-se ainda que antes, a 14 de março, o Reino Unido anunciou a expulsão de 23 diplomatas russos, uma manobra diplomática que foi seguida nos últimos dias por muitos países ocidentais, pela Ucrânia e pela NATO, o que afetou mais de 150 membros de representações diplomáticas da Rússia em dezenas de países.
Na sexta-feira, a Rússia chamou os embaixadores de 23 países para anunciar que receberiam uma retaliação idêntica à que haviam decretado contra os russos, o que eleva para mais de 300 os diplomatas afetados pela maior onda de expulsões diplomáticas da história.