Skripal: Britânicos sem provas de que substância química veio da Rússia
Laboratório militar britânico admite que não consegue determinar com toda a certeza a origem da substância química que envenenou Sergei Skripal e a sua filha.
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Mundo Polémica
O Laboratório de Ciência e Tecnologia para a Defesa de Porton Down indicou não ter sido capaz de identificar a origem da substância química usada para envenenar Sergei e Yulia Skripal.
Gary Aitkenhead, diretor-executivo do laboratório de Wiltshire, afirmou, de acordo com a mesma publicação, que não se conseguiu provar que o agente neurotóxico, conhecido como Novichok, foi fabricado na Rússia.
"Conseguimos determinar que é novichok e determinar que é um agente neurotóxico militar", disse Gary Aitkenhead, numa entrevista à televisão Sky News.
O responsável assegurou no entanto que a substância exige "métodos extremamente sofisticados para ser produzida, uma capacidade que só está ao alcance de um Estado".
#Salisbury attack: Scientists have not been able to prove that Russia made the nerve agent used in the spy poisoning. Porton Down lab's chief exec reveals the details in this interview pic.twitter.com/qFNgPlr6vS
— Sky News (@SkyNews) 3 de abril de 2018
Recorde-se que, a 4 de março, o ex-espião duplo de origem russa, de 66 anos, e a sua filha de 33 anos foram encontrados inconscientes num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra.
Ambos foram expostos a um agente neurotóxico conhecido por Novichok, estando ainda hospitalizados mas estáveis.
Dias depois do ataque, numa intervenção no parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, considerou "muito provável" que o Kremlin tivesse sido responsável pelo duplo envenenamento, uma posição que tem sido defendida por vários elementos do governo britânico e que já levou a várias situações de tensão diplomática entre a Rússia e alguns países.
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