Corbyn crê que Johnson pode ter exagerado ao acusar diretamente a Rússia
O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, crê que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, pode ter exagerado ao acusar diretamente a Rússia de ser responsável pelo envenenamento do ex-espião Sergei Skripal.
© Reuters
Mundo Skripal
Num ato de campanha em Watford (noroeste de Londres), Corbyn disse que Johnson se baseou alegadamente na informação dada pelo Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa de Porton Down, que identificou o veneno como 'novichok'.
No entanto, o diretor executivo do laboratório, Gary Aitkenhead, assinalou na terça-feira que tinha sido identificada a toxina e não a sua proveniência.
"Identificámos que era da família de 'novichok' e que é de tipo militar, mas o nosso trabalho não é dizer onde foi realmente feito", disse Aitkenhead.
Nesse sentido, o líder da oposição britânica considerou que "ou o ministro dos Negócios Estrangeiros tem informação que não partilha com Porton Down ou exagerou nas suas declarações".
A emissora BBC divulgou hoje que o Ministério dos Negócios Estrangeiros apagou uma mensagem colocada na rede social Twitter a 22 de março, em que afirmava que aquele laboratório tinha "deixado claro" que o agente tóxico utilizado no envenenamento era do tipo 'novichok' e fabricado na Rússia.
Skripal, 66 anos, e a filha, Yulia, de 33, foram expostos a um gás neurotóxico de tipo militar há precisamente um mês, 04 de março, e encontrados inconscientes em Salisbury, sul de Inglaterra.
O Governo britânico disse que se baseou em informação científica e dos serviços de informações para responsabilizar a Rússia pelo incidente.
Moscovo nega qualquer envolvimento.
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