Manifestantes presos no arranque do julgamento de 6 ativistas no Vietname
Vários manifestantes foram hoje detidos no Vietname, enquanto marchavam até ao Palácio da Justiça, onde começou o julgamento de seis ativistas políticos acusados de "tentar derrubar o regime".
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Mundo Regime
Os manifestantes empunhavam cartazes em que se podia ler "Democracia não é um crime", quando foram surpreendidos por polícias à paisana. A marcha foi interrompida por agentes já mobilizados para este julgamento e o Governo proibiu de imediato as manifestações.
O advogado de direitos humanos Nguyen Van Dai e outros cinco estão acusados de filiação num grupo pró-democracia, "Irmandade para a Democracia". Segundo os procuradores, aquele grupo trabalha com organizações estrangeiras e vietnamitas "para se opor ao Estado, mudar o sistema político e derrubar o governo".
Se condenados, os seis ativistas políticos podem enfrentar pena de morte.
"Os réus aproveitaram a luta pela 'democracia, direitos humanos, sociedade civil' para esconder o propósito da 'Irmandade para a Democracia'", afirmou a agência oficial de notícias Vietnam News, citando a acusação.
Os procuradores determinaram que o advogado era o "cérebro" do grupo, responsável pela construção da plataforma, de recrutar novos membros e de procurar financiamento de organizações e pessoas estrangeiras.
Grupos internacionais de direitos humanos já pediram a libertação dos ativistas.
A organização não governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional denunciou, na quarta-feira, a prisão no Vietname por motivos políticos de "pelo menos 97 pessoas", muitas vezes "incomunicáveis, em condições precárias e sujeitas a tortura e maus-tratos",
A ONG Human Rights Watch elevou para 119 o número de presos por violarem "as leis de segurança nacional" do país.
Hanói afirmou que "não há presos políticos no Vietname", onde apenas "criminosos são colocados atrás das grades".
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