"A Unasul tem tido problemas, espero que os líderes da direita, que governam a América do Sul, tenham um pouco de consciência sul-americana", disse.
Nicolás Maduro falava durante uma conferência de imprensa, que teve lugar na rampa 4 do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetia (norte de Caracas), pouco antes de partir para Havana, Cuba, onde irá reunir-se com o novo Presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
"Se algum governo da direita tratar de a apunhalar [a Unasul], para dessangrá-la, os movimentos sociais e revolucionários da América do Sul vão defendê-la", frisou.
Seis dos 12 países que fazem parte da Unasul notificaram a Bolívia de que não participarão daquele bloco enquanto não houver garantias de que funcione de maneira "adequada" e que seja eleito um novo secretário-geral para aquele organismo.
"Tendo em vista das circunstâncias atuais, os países assinantes, decidimos não participar nas distintas instâncias da Unasul a partir desta data, até que não conte com resultados concretos que garantam o funcionamento adequado da organização", refere o comunicado assinado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Colômbia, Chile, Brasil, Paraguai e do Peru.
A Unasul está sem secretário-geral desde 2017, quando o ex-presidente da Colômbia, Ernesto Samper, anunciou que deixaria o cargo.
Para estes seis países, a "falta de consenso" sobre o único candidato apresentado, o argentino José Octavio Bordón, tem provocado "graves consequências" para a Unasul.
A Unasul foi fundada em 2004, para promover a integração regional e dela fazem parte a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e a Venezuela.
O México e o Panamá participam como observadores.
Entretanto, o ministro de Relações Exteriores da Bolívia, Fernando Huanacuni Mamani, convocou uma reunião extraordinária dos ministros da Unasul para a segunda quinzena de maio.