O número de mortos mantém-se nos 88, enquanto o das pessoas hospitalizadas baixou para 44, das quais 10 em estado crítico, segundo as últimas informações das autoridades de saúde.
O processo de identificação dos cadáveres prossegue, e, de acordo com a imprensa local, cerca de metade dos corpos foram reconhecidos e os seus familiares foram notificados.
A tarefa tem sido dificultada pelo facto de os corpos estarem carbonizados e por, em alguns casos, os cadáveres estarem unidos, porque as pessoas abraçaram-se perante o avanço das chamas.
Este foi o caso de um grupo de mais de 20 pessoas encontradas num solar entre dois complexos de vivendas na localidade de Mati, estância balnear de muitos atenienses e epicentro da catástrofe.
Até que não esteja concluído o processo de identificação, não se saberá exatamente se ainda há pessoas desaparecidas.
Além do rastreio que está a ser realizado por equipas mistas formadas por bombeiros, militares e voluntários em casas e nas ruas de Mati, mergulhadores da guarda costeira têm feito várias imersões nos últimos dias, sem que tenham aparecido novas vítimas no mar.
Muitas pessoas tentaram salvar-se do fogo atirando-se ao mar, mas algumas morreram afogadas.
A região de Ática e em particular a capital, Atenas, foi atingida por uma tromba de água que transformou as ruas em potentes rios e obrigou a interromper o trânsito em algumas zonas da cidade.
Os bombeiros receberam mais de 300 chamadas de auxílio por casas ou estacionamentos inundados.
À tarde, o trânsito tinha sido restabelecido em toda a cidade.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, assumiu, na sexta-feira, "a responsabilidade política pela tragédia" dos incêndios de segunda-feira no país.
O Governo grego divulgou na quinta-feira uma série de imagens de satélite que apontam que os incêndios foram premeditados.
Em menos de meia hora foram registados treze focos diferentes, todos alinhados paralelamente à estrada, como mostram as fotos e os vídeos dos satélites.
O Governo de Alexis Tsipras pediu ajuda internacional na noite de segunda-feira, tendo já alguns países respondido com meios de apoio.
Portugal disponibilizou 50 elementos da Força Especial de Bombeiros (FEB) para ajudar a combater os incêndios na Grécia, mas que acabaram por não ir porque ter sido desativado entretanto o pedido de auxílio das autoridades gregas ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil.