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Administrações de Saúde assumem lacunas, mas garantem resposta

As Administrações Regionais de Saúde (ARS) admitem lacunas nos serviços ao nível de recursos técnicos, sobretudo de médicos e enfermeiros, mas garantiram à agência Lusa que têm salvaguardado a capacidade de resposta na área do combate às dependências.

Administrações de Saúde assumem lacunas, mas garantem resposta
Notícias ao Minuto

11:18 - 24/08/13 por Lusa

País Dependência

A maioria das entidades sublinha que a falta de pessoal tem sido colmatada com recurso a horas extraordinárias, contratações a tempo parcial e "outsourcing", tendo ainda sido lançados concursos públicos para contratação de profissionais especializados para trabalharem na área das adições.

Perante recentes aposentações e por força da lei do orçamento, que veio impedir a prestação de serviços em regime de acumulação, a ARS de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) "viu-se obrigada a reduzir 82 horas de enfermagem e 76 horas de assistentes" e a avançar para o pagamento de horas extraordinárias a enfermeiros e assistentes operacionais.

Nos últimos anos "têm-se verificado algumas lacunas de recursos técnicos em Unidades de Intervenção Local (UIL), do então IDT [Instituto da Droga e da Toxicodependência], agora integradas na ARSLVT", pelo que se abriu um concurso para contratar médicos e enfermeiros especializados.

Nas UIL verifica-se "alguma lista de espera", mas "globalmente estas têm dado resposta às necessidades dos utentes", sendo que o organismo, entre 2012 e 2013 (até junho), registou "um ligeiro aumento", passando de 11.577 para 11.871 utentes.

Já entre janeiro e agosto deste ano, a ARSLVT perdeu nove enfermeiros e admitiu, no primeiro semestre, 1.934 novos utentes".

Já a ARS Norte (ARSN) indica que "há, de facto, uma carência de pessoal médico nas UIL", mas destaca que "tem concurso de admissão aberto neste momento (...), não estando em causa nem a capacidade de resposta nem a continuidade dos cuidados aos utentes, pois as necessidades estão cobertas com recurso à contratação em 'outsourcing' e contratos com médicos aposentados".

Na ARSN "estão a ser acompanhados neste momento 14.940 utentes, dos quais 13.307 com problemas de álcool e/ou outras substâncias e 1.633 no âmbito dos programas de prevenção indicada (jovens e famílias em risco)",informa o organismo, que conta com 63 enfermeiros e 37 médicos ao serviço.

"Na Região do Algarve, as estruturas da área dos comportamentos aditivos e dependências, à semelhança das outras estruturas da área da saúde, sempre tiveram carência de profissionais da área médica e de enfermagem", admite a ARS do Algarve, explicando que a falta de recursos humanos tem sido colmatada através da contratação a tempo parcial, concluindo que a capacidade de resposta "tem sido suficiente".

Já a ARS do Centro (ARSC), em janeiro de 2013, quando passou a integrar os Centros de Resposta Integradas (CRI) do ex-IDT, constatou a existência em todas as unidades da Região Centro de um número significativo de técnicos (56%) que trabalhavam em regime de acumulação de funções, principalmente enfermeiros.

O impedimento da lei acabou com as acumulações e a ARSC contratou seis enfermeiros a tempo inteiro para cobrir as horas que os enfermeiros em acumulação faziam nos CRI, estando a decorrer um concurso para contratação de 122 enfermeiros, dos quais 12 ficarão alocados aos CRI.

"O processo de mudança pode ser doloroso, mas está a ser feito de forma tranquila, não existindo qualquer rutura nos serviços", afiança o vice-presidente da ARSC, Fernando Almeida.

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