CGTP espera "dezenas de milhares" de trabalhadores na manifestação
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse hoje, em Lisboa, que são esperadas dezenas de milhares de trabalhadores na manifestação de sábado contra a política laboral.
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País Sábado
"Estamos perante uma fortíssima dinâmica dos trabalhadores. Temos já mais de 100 autocarros para fazer a deslocação de trabalhadores de Lisboa, quatro comboios a virem do Porto, [bem como], um número significativo de trabalhadores de Lisboa que vêm pelos seus próprios meios. Tudo indica que vamos ter uma grande manifestação com muitas dezenas de milhares de trabalhadores", disse Arménio Carlos, que falava aos jornalistas na sede da central sindical.
E prosseguiu: "independentemente de serem do setor privado ou público, de terem vínculos precários ou efetivos, com idades diferenciadas e independentemente de terem ou não filiação sindical, estarão em Lisboa para manifestar a oposição à proposta [do Governo] e para reclamar que a distribuição de riqueza tem que ser um facto objetivo".
Arménio Carlos garantiu ainda que, após a manifestação deste sábado, irão seguir-se novas formas de luta, como "uma forte participação dos sindicatos nos lugares de trabalho para promover a discussão e aprovação de pareceres contra as propostas [de alteração do Código de Trabalho], de modo a promover pareceres que serão, oportunamente, entregues na Assembleia da República".
Esta segunda-feira, O Governo aprovou, por via eletrónica, a proposta de lei que visa fazer alterações ao Código de Trabalho, segundo o comunicado do Conselho de Ministros.
"O Executivo aprovou "as versões finais da resolução que concretiza o 'Programa de ação para combater a precariedade e promover a negociação coletiva' e da proposta de lei que altera o Código de Trabalho", lê-se na informação divulgada.
Em 30 de maio, o Governo, as quatro confederações patronais - CIP, CCP, CAP e CTP - e a central sindical UGT assinaram um acordo na Concertação Social sobre as alterações à legislação laboral, tendo a CGTP ficado de fora.
Entre as alterações está o fim do banco de horas individual, sendo que será fixado o prazo de um ano após a entrada em vigor da nova lei para que as empresas acabem com esta possibilidade.
Já o limite dos contratos a prazo passa a ter a duração máxima de dois anos, face aos três atuais.
As alterações aprovadas alargam ainda o período experimental de 90 para 180 dias para contratos sem termo com trabalhadores à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.
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