Portugal defende importância da candidatura de António Vitorino à OIM
O ministro da Administração Interna defendeu hoje a importância para a Europa da candidatura de António Vitorino a diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), tendo em conta que é o único candidato europeu.
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País AI
"Há três candidatos e António Vitorino é o único candidato europeu, sendo esta a última reunião de ministros do Interior antes da eleição, foi mais uma oportunidade para defender a importância para a Europa da candidatura de António Vitorino", disse Eduardo Cabrita em declarações à agência Lusa por telefone a partir do Luxemburgo, onde participou no Conselho de Justiça e Assuntos Internos.
Eduardo Cabrita disse que a reação da generalidade dos países foi positiva, tendo alguns transmitido "uma posição de grande simpatia pela única candidatura europeia".
O antigo ministro português e antigo comissário europeu António Vitorino é candidato a diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, realizando-se a eleição no fim de junho.
A negociação do Sistema Europeu Comum de Asilo foi o tema em destaque na reunião de hoje dos ministros do Interior da União Europeia, questão que Eduardo Cabrita considera ir marcar o Conselho Europeu que se realiza no final deste mês.
"Num momento difícil, em que há uma redução dos fluxos migratórios no Mediterrâneo, mas continuam a verificar-se situações trágicas, como a que aconteceu há poucos dias na Tunísia, é fundamental encontrar uma resposta global que balance os princípios da solidariedade e da responsabilidade", disse o ministro.
Eduardo Cabrita afirmou que não se chegou a qualquer acordo na reunião de hoje, mas sublinhou que "é muito importante que esse acordo seja possível durante este semestre da presidência búlgara".
O ministro avançou que Portugal está entre os países que defendem uma solução de compromisso assente nas propostas da presidência búlgara e da Comissão Europeia, considerando que esta questão "não é um problema exclusivamente dos países onde chegam os migrantes", designadamente de Itália, Grécia e Malta, mas sim de todos.
"Entendemos que esta é uma questão global europeia", disse, sublinhando que "as migrações legais devem ser tratadas como uma questão comum europeia e que isso é compatível com o controlo das fronteiras externas".
Nesse sentido, frisou que Portugal reforçou a presença na agência europeia de controlo de fronteiras Frontex.
Eduardo Cabrita disse também que há países com posições muito afastadas, como é o caso da Hungria, Polónia e República Checa, que recusam a existência do modelo de responsabilidade partilhada e do modelo de quotas de redistribuição de migrante.
"O pior resultado é não se chegar a acordo e entender que há uma incapacidade do sistema europeu de asilo para dar resposta a problemas que obviamente não são dos países da linha da frente, da Itália, Grécia e Malta", disse ainda.
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