CGTP conta ter "grande manifestação" em Lisboa contra política laboral
A CGTP prevê ter "uma grande manifestação" em Lisboa, no sábado, com dezenas de milhar de trabalhadores vindos de todo o país para protestar contra a política laboral, ponto de partida para intensificação da luta nos locais de trabalho.
© Global Imagens
País João Torres
"Garantidamente vamos ter uma grande manifestação em Lisboa, que poderá ser o ponto de partida para a intensificação da ação reivindicativa nos locais de trabalho", disse à agência Lusa João Torres, da direção da Intersindical.
Segundo o sindicalista, estão contratados mais de 150 autocarros para transportar trabalhadores até Lisboa e quatro comboios com partida do Porto.
"A semana que está a terminar foi muito positiva em termos de mobilização pois realizaram-se centenas de plenários por todo o país, e os trabalhadores mostraram-se disponíveis e mobilizados para a luta", disse, lembrando o esforço individual e coletivo que foi feito nas últimas semanas.
A manifestação de sábado tinha sido convocada para defender a necessidade de valorização do trabalho e dos trabalhadores, através de uma melhor distribuição da riqueza e da melhoria das condições de vida e de trabalho, mas, com o recente acordo de concertação social para a revisão do Código do Trabalho, a CGTP considera que existem agora motivos acrescidos para o protesto.
"Estão criadas as condições para uma grande manifestação pois agora os trabalhadores têm mais um argumento para protestar", disse João Torres, acrescentando que, no sábado, a CGTP vai apelar à intensificação da luta nos locais de trabalho.
Segundo o sindicalista, os baixos salários, a precariedade, a desregulamentação dos horários de trabalho e o desrespeito pela contratação coletiva só terminarão devido à luta dos trabalhadores.
"Porque o Governo não está disponível para resolver os problemas dos trabalhadores, acreditamos que só os trabalhadores poderão resolver os seus problemas", afirmou.
Na segunda-feira, o Governo aprovou a proposta de lei para alterar o Código de Trabalho, nomeadamente reduzir o limite dos contratos a prazo e aumentar a duração do período experimental, na sequência do acordo de concertação social de 30 de maio, a que a CGTP não aderiu.
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