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Exercício da Marinha melhora "interoperabilidade" com outras armadas

O ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, afirmou hoje que o exercício aeronaval da Marinha Portuguesa Swordfish 18, a decorrer ao largo de Setúbal, demonstra a importância da "interoperabilidade" com outras armadas europeias.

Exercício da Marinha melhora "interoperabilidade" com outras armadas
Notícias ao Minuto

17:22 - 26/06/18 por Lusa

País Azeredo Lopes

"Foram testadas várias dimensões, com forças de outros países - Espanha, França, Itália e Reino Unido -, nomeadamente o treino de ações ciberdefesa e a possibilidade de todos poderem testar a capacidade defensiva perante drones, que, como todos podem perceber, podem ser muito baratos, mas também muito eficientes", disse Azeredo Lopes, depois de assistir às operações realizadas hoje de manhã no âmbito do Swordfish 18.

"Ainda ontem [terça-feira] Portugal assinou com mais oito países uma carta de intenção que visa, justamente, reforçar essa ideia de trabalhar em conjunto", acrescentou Azeredo Lopes, reiterando a importância da cooperação com os aliados europeus para melhorar a capacidade de atuação conjunta com outras armadas europeias.

No exercício que envolveu 12 navios, várias aeronaves da Força Aérea Portuguesa e da Força Aérea espanhola e 2300 militares, o chefe de Estado-maior da Armada, almirante Mendes Calado, justificou a realização desta operação de treino organizada pela Marinha Portuguesa com a necessidade de preparar respostas face a uma nova era de ameaças às operações navais.

"Estamos a entrar numa "nova era das operações navais, com o envolvimento de drones na guerra no mar e a ciberdefesa e cibersegurança", disse Mendes Calado, acrescentando que a Marinha Portuguesa tem, por doutrina própria, a possibilidade de operar em diversos graus de operação com os sistemas de comando e controlo, reconhecendo, no entanto, que é preciso melhorar a capacidade de resposta perante este tipo de cenários.

"Os nossos espaços de máquinas são comandados de modo completamente automático, ou em dois outros modos de operação, que podem ir até à operação manual junto dos equipamentos. Aquilo que tentámos operacionalizar foi deixar de ter a facilidade de estar a operar em modo automático e operacionalizar, e `olear´ bastante, os procedimentos antigos de operação quase local dos sistemas que temos ao nosso dispor. Isto acontece quer na gestão do sistema de comando e controlo da plataforma, quer no próprio sistema de combate", sublinhou.

A par da melhoria da capacidade de resposta da Marinha Portuguesa para fazer face a novas ameaças, o almirante Mendes Calado, questionado pelos jornalistas, disse que a grande prioridade do momento para a Marinha Portuguesa passa pelo reforço do número de NPO (Navios Patrulha Oceânicos).

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