Estava agendado para esta quarta-feira o encontro entre Marcelo Rebelo de Sousa e o homólogo americano, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington. E o calendário cumpriu-se. Pouco depois das 19h, o presidente americano dava as boas-vindas ao chefe de Estado português.
Após uma reunião que não durou mais do que meia-hora, os líderes de Estado apresentaram-se aos jornalistas na Sala Oval para responderem a breves questões.
Enquanto anfitrião, Donald Trump começou por explicar que na reunião com o chefe de Estado português foram abordados, entre outros, temas de política interna.
E já que o tema do momento é o futebol, Trump não perdeu a oportunidade para elogiar a performance da seleção portuguesa no Mundial da Rússia. Apesar de garantir que não tem nenhum favorito à vitória, o líder norte-americano destacou o esforço da equipa dos Estados Unidos.
Encontro entre líderes© Reuters
Donald Trump mostrou ainda que ‘fez o trabalho de casa’, já que acabou por reconhecer que sabia que o seu convidado era um adepto fervoroso de futebol.
Chegada a vez de Marcelo se estrear na comunicação aos jornalistas na Casa Branca, o Presidente da República enfatizou as relações bilaterais entre os dois países. Aliás, o chefe de Estado português levou ao homólogo norte-americano um presente: uma carta que evidencia que Portugal foi dos primeiros países a reconhecer a independência dos EUA. Esta ligação é, nas palavras de Marcelo, “valorizada por valores comuns”.
E tal como havia garantido, o Presidente da República não deixou passar em vão a oportunidade de endereçar uma palavra à comunidade portuguesa que vive nos EUA, sendo esta responsável “pelo reforço dos laços que se mantêm entre os dois países”.
Retomando um dos temas que tem ‘lugar cativo no coração’ de Marcelo, o futebol, o chefe de Estado português deixou um desafio a Trump: “Se for à Rússia ver um jogo do Mundial, tem de ver Portugal jogar porque vamos ser campeões”. E, evidenciando o bom-humor que pairava nos semblantes dos líderes, o presidente norte-americano retorquiu: “E se Cristiano se candidatar à Presidência da República?”. Uma pergunta que deixou Marcelo sem resposta.
"Vai-se encontrar com Juncker, isso são boas notícias"
No início do encontro com o Presidente dos Estados Unidos da América na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, e após ouvir Donald Trump defender que as tarifas alfandegárias sobre importações de aço e de alumínio da União Europeia, do México e do Canadá "têm sido incríveis" para a economia norte-americana, Marcelo congratulou o homólogo norte-americano pelo facto de se ir encontrar com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. "São boas notícias", disse.
"Vai encontrar-se com o Presidente Juncker, isso são boas notícias. São boas notícias", disse Marcelo, numa altura em que a comunicação social estava prestes a sair da sala.
Nestas declarações aos jornalistas, em que Trump falou sobre as relações bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos, mas respondeu a vários questões sobre assuntos internos, Marcelo Rebelo de Sousa ouviu-o também defender a necessidade de "fronteiras fortes".
"Eu acho que é bom para nós", disse o Presidente norte-americano e, virando-se para Marcelo Rebelo de Sousa, comentou: "Eu nem sequer sei o que pensa sobre isso".
O Presidente português pareceu expressar discordância, abanando ligeiramente a cabeça, enquanto Trump prosseguia: "Eu acho que fronteiras fortes e ausência de crime, isso somos nós".