Apenas 1,5% dos novos casos de sida em Portugal são toxicodependentes
Portugal atingiu a taxa mais baixa de sempre de novas infeções de VIH entre pessoas com comportamentos aditivos e dependências, que atualmente representam apenas 1,5% dos novos casos de sida, disse hoje o secretário de Estado da Saúde.
© Torange
País Carreira
Dez anos após ter sido identificado o primeiro caso de VIH no país, foi criado o programa de troca de seringas, com o objetivo de prevenir as infeções entre as pessoas que utilizam drogas injetáveis.
Assim, numa altura em que mais de metade dos novos casos de sida era de pessoas com comportamentos aditivos, começou a distribuição de material esterilizado e da recolha e destruição das seringas usadas.
No ano passado, apenas 1,5% dos novos casos dizem respeito a esta população, disse o secretário de Estado da saúde, Fernando Araujo, em entrevista à agência Lusa.
"O nível de novos casos reduziu-se de forma muito significativa, o que significa que estamos a ter um sucesso dos melhores a nível europeu", salientou o responsável governamental.
O programa de troca de seringas serve para prevenir infeções pelo VIH, mas também pelos vírus das hepatites B e C e começou limitado às farmácias comunitárias, tendo posteriormente sido assegurado pelos centros de saúde e postos móveis.
"A luta no combate ao aparecimento de novos casos continua, independentemente de se tratar ou não de um grupo de risco, e este ano o Governo arrancou com um novo programa: a profilaxia pré-exposição" (PrEP), que permite proteger as pessoas de infeções através da toma de medicamentos, adiantou.
"Estamos a começar agora nos hospitais do país", contou Fernando Araujo, sublinhando que o ministério quer "agarrar todos os tratamentos para evitar novos casos".
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