Caso Neto Moura: "Estamos perante uma justiça feita de amigos"
Miguel Sousa Tavares comentou, esta segunda-feira, o caso judicial que envolve o juiz-desembargador Neto Moura e quatro militares da GNR que foram condenados a pagar uma indemnização de 10 mil euros ao magistrado.
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País Sousa Tavares
A notícia é da SIC: quatro militares da Guarda Nacional Republicana foram condenados a pagar uma indemnização de 10 mil euros ao juiz-desembargador Neto Moura depois da sentença proferida pelo Tribunal da Relação.
O caso remonta a 2012 quando Neto Moura foi apanhado pela GNR a conduzir um carro sem matrículas. De acordo com os elementos da força de segurança, o juiz-desembargador tentou intimidá-los ao mostrar-lhes a carteira profissional.
No seu comentário semanal na antena da SIC, Miguel Sousa Tavares disse estar “chocado” com a sentença, pois casos destes “acontecem todos os dias” e “os juízes tomam como boa a versão policial contra a do cidadão comum”.
Porém, refere o comentador, "se o arguido for colega do julgador já acham que a polícia está a mentir”. Nesta senda, Sousa Tavares sublinha ainda que o juiz deveria ter pedido escusa do julgamento por ter trabalhado com o visado Neto Moura.
Quanto às indemnizações – mais de 10 mil euros no total – o comentador questiona que “danos brutais são estes que justificam indemnizações absolutamente brutais que nunca vi em casos semelhantes?”.
Em jeito de conclusão, o escritor afirma que este caso mostra que “estamos perante uma justiça de amigos, feita entre amigos”, considerando que o "Conselho Superior de Magistratura devia investigar quem assinou a sentença”.
O juiz Neto Moura, recorde-se, esteve envolvido numa polémica no final de 2017 na sequência de um acórdão sobre violência doméstica, em que este censurou a vítima por ter tido uma relação extraconjugal.
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